É já esta semana, no dia 20 de outubro, que arranca o Doclisboa ’16. Nesta sua 14.ª edição, o festival conta com mais de 250 filmes em exibição, dos quais 46 são estreias mundiais, 11 são estreias internacionais e 3 são estreias europeias.
O Espalha-Factos mostra-te o que podes esperar do festival que este ano solidifica ainda mais a sua posição de melhor festival de cinema documental do panorama nacional, e que também marca a sua posição no mapa do panorama internacional.
SESSÃO DE ABERTURA

Na abertura do festival será exibido o filme Oleg y las Raras Artes, do realizador espanhol Andrés Duque. Em estreia em Portugal, a película de 70 minutos constitui um sucesso internacional e retrata a figura de Oleg Nikolaevitch Karavaychuk, o último homem a tocar no piano do Czar Nicolau II. Um filme a não perder no dia 20, às 21:30, no Grande Auditório da Culturgest.
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

São 18 os filmes em competição este ano, seis dos quais em estreia mundial. Cada obra possui uma diferente abordagem e um diferente estilo, o que torna cada um destes 18 filmes em películas de visionamento obrigatório. No entanto, o Espalha-Factos destaca: 300 Miles, de Orwa Al Mokdad; 95 and 6 to go, de Kimi Takesue; e Correspondências, de Rita Azevedo Gomes.
COMPETIÇÃO PORTUGUESA

Dos 12 filmes em competição nesta secção nacional, o Espalha-Factos realça: A cidade onde envelheço, de Marília Rocha; Ama-san, de Cláudia Varejão; e Ida Gil, de Ida Marie Gedjberg Sørensen.
RISCOS

No total, são 42 os filmes a ser exibidos no contexto desta secção “onde o real e a sua representação se desafiam e dialogam na tentativa de mapear um cinema complexo”. Aqui a diversidade é acentuada: podemos encontrar um pequeno ciclo de cinema em homenagem a Peter Hutton programado por Rinaldo Censi e Luke Fowler (este último que terá também filmes realizados pelo próprio em exibição nesta secção), um programa de filmes intitulado “Filmes de Correspondência – Missivas, Distâncias, Deslocações”, uma sessão programada pela realizadora Manon de Boer e ainda muitos outros filmes, de entre os quais damos destaque para Manoel de Oliveira: 50 Anos de Carreira, dos portugueses José Nascimento e Augusto M. Seabra.
RETROESPECTIVA PETER WATKINS

A programação do Doclisboa ’16 apresenta uma retroespectiva ao trabalho de Peter Watkins, um dos pioneiros do docudrama cujo trabalho consiste principalmente na relação do espectador com os meios audiovisuais e caracteriza-se pela forma não tradicional de transmitir ideias. Como parte deste programa, o Espalha-Factos aconselha-te a assistir a: Edvard Munch; La Commune; Punishment Park; e The War Game (filme este que valeu a Watkins o Óscar de Melhor Documentário em 1966).
DA TERRA À LUA

Uma das novidades da edição deste ano do Doclisboa. Esta nova secção tem como objectivo apresentar ao público as mais recentes peças cinematográficas dos principais realizadores do género documental. Dos filmes a serem exibidos como parte desta programação destacamos: 76 Minutes and 15 Seconds with Abbas Kiarostami, de Seifollah Samadian; Austerlitz, de Sergei Loznitsa; Exil, de Rithy Panh; Lo and behold, Reveries of the Connected World, de Werner Herzog; Paris 15/16, de Teresa Villarverde; e Ta’ang, de Wang Bing.
DOC ALLIANCE

Esta secção apresenta uma selecção de seis filmes nomeados pelos principais festivais europeus de cinema documental. Deste conjunto de filmes faz parte o documentário Gulîstan, Terre de Roses, de Zaynê Akyol, que venceu o prémio Doc Alliance 2016 no Festival de Locarno.
Existem ainda outras quatro secções de destaque nesta edição do Doclisboa, sendo elas: a secção de Retroespectiva Por Um Cinema Impossível: Documentário e Vanguarda em Cuba; Heart Beat, uma secção que se centra em variadas formas de expressões artísticas, tais como as de David Bowie e David Lynch; a secção de Cinema de Urgência; a secção Verdes Anos, que apresenta um leque de filmes portugueses realizados por jovens; e, por último, a secção Passagens, que aborda a convergência do filme com a arte contemporânea.
Para além de tudo isto, o Doclisboa ’16 oferece muito mais. Fazem parte do festival as Festas Doc ♥ Beat no Palácio do Príncipe Real, o Serviço Educativo, que visa a formação de públicos e a educação para o cinema, as Actividades Paralelas das quais fazem parte, por exemplo, masterclasses e ainda o Arché, que é apresentado como um “laboratório de actividades profissionais (…) que pretende colocar à disposição ferramentas, bem como momentos de reflexão e formação para a criação de novos projectos”.

Com tudo isto, já sabes que não podes perder a oportunidade de ir a esta 14ª edição do Doclisboa que contará ainda com inúmeros convidados. Podes encontrar informações sobre como adquirir bilhetes aqui.
O Doclisboa ’16 tem lugar na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa e nos Museus Calouste Gulbenkian e do Oriente. A data de inicio está marcada para esta quinta-feira, dando-se o festival por terminado apenas dia 30 com a Sessão de Encerramento às 21:00 no Grande Auditório da Culturgest, onde será exibido o filme Nos Interstícios da Realidade ou o Cinema de António Macedo, de João Monteiro.