O romance Flores , de Afonso Cruz, foi distinguido por unanimidade com o Prémio Fernando Namora, com o valor pecuniário de 15 mil euros.
O júri desta 19 ª edição foi presidido por Guilherme d’Oliveira Martins e constituído por José Manuel Mendes, da parte da Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa de Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, da Direção- Geral do Livro, Arquivo e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz. Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, da parte da Estoril Sol – que organiza e patrocina o prémio – completam o painel.
De acordo com a ata divulgada pela organização à agência Lusa, o júri realça no autor e na sua obra “(…) a capacidade de construção de uma história e das suas personagens”, bem como a facilidade que apresenta em organizar os eventos aleatórios que compõem a sua narrativa.
Entre outros concorrentes de peso desta edição encontravam-se O Luto de Elias Gro, de João Tordo, Desamparo, de Inês Pedrosa, Arquipélago, de Joel Neto, Os Filhos de K, de Julieta Monginho, Astronomia de Mário Claúdio e ainda O Sonho Português do autor Paulo Castilho.
Afonso Cruz tem-se desabrochado no panorama inteletual português como uma figura incontornável de polivalência e peculiaridade, sendo também músico e ilustrador. Atualmente reside em Sousel, num monte alentejano perto de Casa Branca.
O autor é também conhecido por romances como Jesus Cristo Bebia Cerveja, A Boneca de Kokoschka, ou Os livros que devoraram o meu pai. Por sua vez, Flores, que lhe valeu o prémio em questão, é uma história de memórias, de relações dúplices e deliberações sobre a rotina.
Consulta aqui a crítica do Espalha-Factos a Flores.