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The Flash

The Flash 2×19: Não é preciso poderes para se ser super herói

Em Back to Normal, seria expectável que tudo girasse em torno de Barry (Grant Gustin) e de este não ter super poderes. Porém, a mestria dos criadores da série fez com que esta semana The Flash não perdesse ritmo e que outras personagem tivessem mais espaço para crescer.

Caityln contra Caityln

Após ser raptada por Zoom (Teddy Sears), Caitlin (Danielle Panabaker) encontra-se agora no covil do vilão na Terra 2. O mesmo diz-lhe que a raptou porque a ama e porque sabe que com o tempo o sentimento será recíproco.

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Este amor é o que o faz desacorrentar Caitlin ao deixá-la sozinha no covil. Durante este tempo a refém descobre a sua sósia da Terra 2, Killer Frost, e em conversa descobrem que têm mais em comum do que pensam.

A má relação com a mãe fez das duas pessoas mais frias, no entanto aquilo que as faz encontrarem-se em pólos opostos de carácter é o facto de Killer Frost ter tido um irmão que morreu, ao passo que Caitlin não teve sequer um irmão. Apesar de ser uma referência pequena, pode perfeitamente ser o mote para que nos próximos episódios vejamos explorada a vida de Caitlin, algo que até agora ainda não aconteceu.

A vilã propõe que Caitlin a liberte em troca de depois a ajudar a fugir dali e a voltar a casa. Através dos seus conhecimentos científicos consegue fazê-lo, mas durante o tempo em que pensa em libertar também o prisioneiro misterioso da máscara, Killer Frost mostra a sua verdadeira essência. Se não fosse a entrada perfeitamente cronometrada de Zoom, Caitlin estaria morta. O vilão acaba por ser herói ao salvar a amada e matar Killer Frost.

Foi interessante continuarem a mostrar um lado mais humano de Zoom, o que se coaduna com a tendência da série de mostrar que a dicotomia entre o bem e o mal não é assim tão estanque. O facto de Zoom estar disposto a tudo para proteger Caitlin pode muito bem vir a ser aquilo que o destrói, e o que faz não ir para a frente com o seu novo plano: conquistar todas as Terras que conseguir.

Teddy Sears está também a fazer-me engolir as minhas palavras anteriores e a fazer-me ver que não é o mesmo que é mau ator, mas sim que Jay Garrick (se é que os mesmos são de facto a mesma pessoa) era uma má personagem. O papel de vilão assenta-lhe na perfeição, traz mais força às cenas e chega a arrepiar. Também Panabaker se encontra muito mais solta no papel de Killer Frost, e é bastante interessante ver que esta sua performance ofusca completamente a de Caitlin, mesmo quando estão a contracenar.

Espera-se agora que Caitlin consiga voltar à Team Flash e que a identidade do homem da máscara seja revelada, apesar de me parecer que esta revelação está guardada para o final da temporada, que acontece daqui a apenas quatro episódios.

O acelerador de partículas não escolhe idades

Dr. Wells  (Tom Cavanagh) vai procurar a sua filha e convencê-la a voltar para Central City. Os dois discutem porque Jesse (Violett Beane) continua a não conseguir aceitar o facto de o seu pai ter morto por ela. Já chega deste argumento: se o papel da personagem é aparecer de lés a lés a dizer o mesmo, o melhor é que fique onde quer que esteja e não volte a aparecer.

Em Back to Normal, por acaso até conseguiu ser bastante mais útil do que o costume pois quando o seu pai é raptado por um meta humano que o confunde com o outro Dr. Wells, e estando Caitlin na Terra 2, é fulcral para a Team Flash.

Juntos, conseguem descobrir que o meta humano é Griffin Grey (Haig Sutherland), um adolescente que aquando da explosão do acelerador de partículas ganhou super força. Porém, este poder veio acompanhado de um grande contra: quanto mais usa os seus poderes, mais envelhece e, apesar de ser adolescente, aparenta ter mais de 40 anos.

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Griffin Grey rapta Dr. Wells para que este o ajude a voltar à normalidade pois culpa-o pelo sucedido. Entre fazer o antídoto e não, é localizado pela equipa e, vendo-se pela primeira vez desde há muito tempo sem os seus super poderes, Barry sai claramente derrotado.

No entanto, consegue perceber como derrotar Griffin – fazê-lo chegar a um ponto em que tenha envelhecido tanto que acabe por morrer. Para tal, Cisco (Carlos Valdes) desenvolve um dispositivo para o fato de Barry que permite que este consiga receber uma investida de Griffin sem graves consequências. Sem grandes surpresas, o super herói sai vitorioso.

O peso da culpa

Na adaptação à nova vida sem poderes, Barry, ao ver as notícias sobre o aumento do crime em Central City, sente-se culpado pelo sucedido. É Iris (Candice Patton) que o chama à razão e o faz ver que aquilo que sempre fez deste um herói – com ou sem a parte do super – foi o facto de por os outros sempre à sua frente e de este altruísmo o levar a fazer de tudo para ajudar terceiros. Os dois partilharam mais um momento bonito, o que só vem confirmar a hipótese de que um desenvolvimento romântico entre os mesmos estar para breve.

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Também Wally (Keiynan Lonsdale), mesmo sem querer, acaba por conseguir ajudar Barry a sair desta espiral negativa. Pede ao seu pai que o leve a conhecer Flash e as palavras de agradecimento que lhe tece, apesar de não saber que é Barry debaixo da máscara, fazem com que este perceba o valor que tem.

Estava na altura de Wally começar a ter desconfianças em relação ao envolvimento de Flash com a sua família pois já são coincidências a mais. Espero agora que a descoberta da verdadeira identidade do guardião da cidade esteja quase a acontecer e que a relação entre os dois irmãos cresça.

Dr. Wells sente que não foi castigado o suficiente pela explosão do acelerador de partículas e pelos dados que isso causou, mas apesar de tudo isto a solução encontrada e dada no final do episódio não me parece muito lógica. Isto porque ele e Barry acordam em construir um novo acelerador de partículas para lhe devolver os seus super poderes.

Não fosse The Flash uma série onde o sobrenatural reina, e esta seria uma ideia completamente disparatada. Assim, parece-me que tudo correrá bem, mas estou bastante curiosa para saber como vão dar a volta à situação sem sair em explicações de meia tigela.

Back to Normal foi assim um episódio que apesar de não ter acontecimentos bombásticos e de estar claramente a construir um grande ansiedade em relação ao season finale de Tha Flash, conseguiu ter bastante ritmo e avançar o suficiente para deixar os fãs ansiosos com o que aí vem.

NOTA FINAL: 8,5/10

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