Svetlana Alexievich, Prémio Nobel da Literatura em 2015, está “disponível” para comparecer à próxima edição do Festival Literário da Madeira, em 2017.
A sexta edição do Festival Literário da Madeira terminou este sábado, tendo sido considerado “um sucesso” por Francisco Valentini, diretor-geral da Editora Nova-Delphi, organizadora do evento, em comunicado ao Observador. Tendo como tema Falsidade e Verdade na Ficção Literária, contou com quatro a cinco mil pessoas e escritores convidados de renome como a portuguesa Lídia Jorge, a síria Cynan Jones, o indiano Tabish Khair e o angolano Ondjaki. O diretor-geral considera ainda, segundo o Observador, que o evento se está a tornar uma “referência insular“.
A organização já tinha tentado convidar a Nobel da Literatura Svetlana Alexievich para a edição de 2016 do Festival, mas a sua agenda preenchida não lhe permitiu comparecer. Conseguiram, no entanto, que a escritora se mostrasse disponível para a sétima edição, a realizar em 2017, que terá como tema A Literatura e a Web: Entre o Medo e a Liberdade.
É necessário apresentar a proposta cedo
Segundo Francisco Valentini ao Observador, “ainda é muito cedo para uma resposta concreta“, já que o convite foi feito com um ano de antecedência. Mas visto que a escritora bielorrussa é um nome de destaque no panorama literário da atualidade, é necessário apresentar a proposta cedo. Caso a escritora não possa comparecer, a organização tem já convites lançados a outros escritores internacionais, cujos nomes prefere manter em segredo.
Svetlana Alexievich, escritora e jornalista de investigação bielorrussa natural de Stanislav, venceu o Prémio Nobel da Literatura em 2015, tendo a sua obra sido destacada pela Academia Sueca como “um memorial ao sofrimento e à coragem na nossa época“.
Com um género literário inovador que funde jornalismo com ficção e cria “histórias com alma“, ainda segundo a Academia Sueca. A escritora aborda os momentos mais marcantes na história do seu país aos olhos de quem os viveu, sejam a Segunda Guerra Mundial, a guerra no Afeganistão ou o desastre de Chernobyl. A sua última obra e considerada o seu magnum opus, O Fim do Homem Soviético, retrata o panorama soviético duas décadas após a desagregação da URSS, contando com entrevistas e testemunhos de centenas de homens e mulheres das mais variadas vozes.