A mais recente campanha da Calvin Klein, exposta num grande billboard em Nova Iorque, foi alvo de duras críticas por se coadunar com os estereótipos de género. Este movimento de indignação que culminou numa petição online começou com Heidi Zak, criadora da marca de lingerie ThirdLove.Com hashtag #mycalvins como mote, a Calvin Klein contrapôs lado a lado a atriz Klara Kristin com a descrição “I seduce in #mycalvins” (Eu seduzo) e o rapper Fetty Wap com a legenda “I make money in #mycalvins” (Eu faço dinheiro). Enquanto a primeira imagem é de corpo inteiro e apresenta a atriz numa posição provocadora, de pernas semiabertas, na segunda imagem vê-se um close-up do rosto do rapper, apenas.
Perante o que Heidi Zak considerou uma escolha de campanha ofensiva, um mau exemplo para todos os jovens que se cruzavam com aquele billboard todos os dias e o perpetrar da objetificação da mulher, em contraposição com o homem que faz dinheiro e sustenta a família, a resposta foi criar um vídeo no Youtube, onde critica duramente a campanha.
Acrescenta ainda que se sentiu pessoalmente ofendida pelo billboard da campanha, uma vez que este enfatiza um estereótipo de género ultrapassado de que os homens são o ganha-pão, enquanto as mulheres são meros objetos sexuais.
O vídeo apresenta os testemunhos de vários transeuntes que também se sentiram indignados com a escolha de campanha. Depois de criada uma petição online para a remoção do cartaz, este acabou por ser retirado. No entanto, a marca garante que não foi por causa do vídeo de Heidi Zak ou da carta que esta lhes dirigiu, mas sim por uma questão de planeamento da campanha.
O representante da marca fez questão de referir que a Calvin Klein leva muito a sério as preocupações e opiniões dos consumidores e que, como marca internacional, promove a igualdade de géneros, combate os estereótipos e promove o seu fim por todo o mundo.