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ML dia 2

ModaLisboa Kiss: ao segundo dia mudam-se as tendências

O segundo dia da ModaLisboa abriu com o desfile de Olga Noronha e fechou com Miguel Vieira. Contou também com desfiles de Ricardo Andrez, Rose Palhares, Christophe Sauvat, Pedro Pedro, Alexandra Moura e Carlos Gil.

Olga Noronha

De inspiração aquática e lembrando corais, nas peças da designer predominavam as pérolas, tons dourados e acobreados, vermelhos, laranjas e azuis. Como que representando a ondulação da água, os modelos usavam tecidos plissados e fluidos como capas.

Ricardo Andrez

Para a nova coleção, o designer apostou nos padrões a preto e branco e nas riscas horizontais em fundo azul ganga. As peças oversize dominaram, seja em bomber jackets ou sweats. Os calções e as saias tubo também tiveram o seu lugar neste desfile. Predominaram os cinzas, rosa, preto e azul ganga. Não esquecer o pêlo e o tecido alcochoado como marcantes na próxima coleção.

Rose Palhares

A designer apresentou vestidos longos e justos de dupla alça e conjuntos de duas peças em renda semi-transparentes e mesmo tecidos transparentes. Os folhos estiveram quase sempre presentes tomando, por vezes, forma de peplum. As cores dominantes foram o vermelho, rosa pálido, pérola e bege. A nova coleção conta também com capas com gola em pêlo, assim como certos acessórios.

Christophe Sauvat

Dentro do mesmo registo, a nova coleção é composta por casacos de pêlo, mid skirts e saias compridas rodadas, vestidos, ponchos e calças cigarette. As cores predominantes foram o bordeaux, azul, verde tropa, cinza e preto. Não faltaram as lantejoulas e peças em seda de forma a marcar o estilo hippie chic já típico do designer.

Pedro Pedro

A nova coleção de Pedro Pedro até bastante sóbria em termos de cor (bege, cinzento, verde tropa e preto), apresenta peças com texturas e cortes muito pouco aborrecidos. A peça que abriu o desfile era de veludo cinza. Rapidamente se seguiram as riscas, os padrões xadrez, os pormenores alcochoados e o tecido rede. Contando com algumas peças oversize e muitas com bolsos, esta coleção aposta nas saias compridas e rodadas, nas malhas, vestidos, saias e casacões.

Alexandra Moura

A designer apostou na riqueza do tecido, nas peças volumosas e armadas e até a famosa manta de lã churra de ovelha não faltou na passerelle. Alexandra Moura desenvolveu o chamado cobertor de papa , que para além de ter desfilado está  à venda na Wonder Room.

Uma coleção que lembra o cristianismo siciliano, com a elegância do tecido brocado em quase todas as conjugações. Os laçarotes, os folhos e as transparências, todo o detalhe conta para enriquecer as peças. Predominaram os azuis escuros, o preto e bordeaux e os dourados luxuosos.

Carlos Gil

Arriscar é poder e Carlos Gil fê-lo na perfeição. Numa coleção completamente distinta do estilo das anteriores, abre-se aqui uma nova etapa. Camada após camada de vários tecidos ricos, como a renda e o pelo- muito, muito pelo. Ele estava nos punhos, nas lapelas, nas próprias clutches, e ainda os sobretudos e sweats tudo em pelo.

Uma coleção arrojada que conjugou a elegância da renda com peças mais pesadas e arriscadas. Também estiveram bastante presentes os metalizados nos casacos e saias compridas, que conjugaram com as rendas, e os looks em preto com lantejolas douradas.

Miguel Vieira

O segundo dia acaba com o Miguel Vieira e as honras de abertura vão para Ruben Rua, de fato azul e lenço colorido ao pescoço. Está lançado o mote para o resto do desfile. O designer jogou pelo seguro e apresentou uma coleção muito sóbria, mas ao mesmo tempo divertida, pelas cores vivas que usou. O azul klein, o amarelo e o laranja, uma combinação que não é inovadora, mas que resulta. Os vestidos de neoprene e os camisolões de lã, sem esquecer as franjas nas mangas de algumas peças.

Ao longo do desfile notou-se que a coleção começou gradualmente a escurecer, acabando o desfile com combinados em preto total, em looks mais festivos.

Texto: Inês Oliveira e Francisca Dias

Fotografia: Inês da Graça