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Dia da Mulher
Vintage image of Rosie the Riveter by J. Howard Miller.

Dia da Mulher: as mulheres que marcaram a música

Hoje é Dia da Mulher. Ou melhor, Dia Internacional da Mulher. Sabendo que o caminho até à igualdade ainda é longo, é sempre bom olhar para trás e ver quais os progressos feitos até agora. A indústria musical continua a ser maioritariamente masculina, mas há mulheres que têm vindo a marcar diversas gerações nesta área. Ora vê.

Anos 50

Wanda Jackson
Conhecida como a Rainha do Rockabilly – uma mistura entre rock e country – Wanda Jackson foi uma das primeiras mulheres a impor-se no mundo da música. Pianista, compositora, guitarrista e cantora, este polvo musical fazia da sensualidade e voz imponente uma das suas principais armas para garantir a emancipação feminina.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=BXV19NfP3hA]

 

Anos 60

Nina Simone
Já todos conhecem músicas como I Put a Spell On You, Feeling Good ou Sinnerman. O que poucos sabem é que por detrás de alguma da sua extravagância e requinte se esconde uma ativista pelos direitos dos cidadãos afro-americanos, numa América que atravessava fortes perturbações sociais. Para conhecer melhor o trabalho desta magnífica cantora recomendamos o documentário What Happenned, Miss Simone?, produzido no ano passado.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=eYSbUOoq4Vg]

 

Aretha Franklin
Senhora. Aretha foi e é uma senhora para além do seu tempo, dotada de uma voz poderosa e única. Dona de 18 Grammys e considerada uma das melhores artistas e cantoras de todos os tempos. Do seu reportório tiram-se êxitos como I Never Loved a Man the Way I Love You, Respect ou (You Make Me Feel Like) A Natural Woman. No final da década de 60, Aretha foi apelidada – e com todo o mérito – como a Rainha do Soul. Aretha continua a arrebatar corações com as suas performances ocasionais e com o seu talento e generosidade que se tornam num exemplo para a história das mulheres.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=eCqdrbiRxds]

Anos 70

Janis Joplin
Ela foi uma das artistas a suportar o mito do 27 Club – com Jimi Hendrix, Jim Morrison ou Kurt Cobain, mas Janis foi um visionária numa altura fortemente vivida pelo peace and love e de todo o movimento Hippie, com forte componente de crítica social e política. É vulgarmente conhecida pela sua voz rouca e poderosa, conhecida pelo seu talento e capacidade de se transformar em cada actuação mas a Rainha do Psicadélico Soul deixa, principalmente, um legado extraordinário às futuras gerações com o exemplo feminino de que tudo é possível.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Qev-i9-VKlY]

 

Ella Fitzgerald
Rainha do Jazz e um verdadeiro exemplo para o género e para as mulheres. É reconhecida pela colaboração com o artista Louis Armstrong e ganhou inúmeros prémios, incluindo 14 Grammys. Apesar de um breve romance com o cinema e alguns programas de televisão, é na música que Ella vai, verdadeiramente, vingar e mostrar porque é considerada um dos maiores talentos e exemplos da história da música. Viveu numa época difícil, mas nem por isso, deixou de lutar pela música e pela sua carreira independente.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CI779D2tLyk]

Anos 80

Annie Lennox
É impossível não nos depararmos com Annie Lennox sempre que se faz uma viagem até ao contexto musical da década de 80. Seja pelos Eurythmics, seja a solo, a voz inconfundível de Lennox fica sempre no ouvido. Mas falar de Annie Lennox é também falar do seu olhar hiptonizante, que nunca se confunde nos videoclips, muitas vezes no meio de roupas opulentes e maquilhagem intensa e dramática. Vejam-se por exemplo os vídeos de músicas como Sweet Dreams, There Must Be an Angel e When Tomorrow Comes. Mas se pensam que o talento de Annie Lennox ficou preso no passado, desenganem-se.

Basta ouvir o recente medley de Take Me To Church de Hozier com I Put a Spell On You de Nina Simone para ficarem surpreendidos que esta força da natureza:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=GAKGzmsIPxE]

Anos 90

Madonna
Todos conhecemos o início de Madonna com Like a Virgin, desde aí, cresceu, evoluiu e chegou a todos os estilos. Mas, uma coisa é certa: a Madonna está sempre a inovar e a renovar-se estando sempre atenta às tendências e aos novos artistas, continuando a ser uma verdadeira força da natureza – com espectáculos incríveis, com um aparato muito próprio e pensando sempre na próxima peça, na próxima música e na próxima performance. Uma grande voz defensora das mulheres e da sua força e… nada como um bonito regresso ao início de Madonna para nos mostrar como é bom ser mulher

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=GuJQSAiODqI]

 

Madeleine Peyroux
Uma voz sensual de uma das nossas cantoras de jazz favoritas. Nascida em Geórgia, esta senhora também norte-americana prende a atenção com uma versão extraordinária da La Vie en Rose de Edith Piaf.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=G96oT3jPJ7k]

Anos 2000

Amy Winehouse
Nesta vida, só acredito num Deus: é mulher, tem a melhor voz contralto do mundo, o eyeliner sempre on point, microfone numa mão e copo de vinho na outra. Amy Winehouse pôs definitivamente o seu nome na história da música, provando-nos que a música soul é intemporal, a perfeição em forma de talento existe e errar faz de nós nada mais, nada menos do que humanos. Podia dar mil e um motivos pelos quais a Amy devia ser elevada a santa, mas não acho sequer discutível: tornou-se numa das maiores referências da música e grande influência de muitos artistas da sua geração. Para sempre.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=TJAfLE39ZZ8]

 

Gwen Stefani
Gwen Stefani começou a dar que falar nos anos 90, como vocalista dos No Doubt. Não dá para ficar indiferente à energia da cantora, como se pode ver em vídeos como Spiderwebs. E poucos esquecerão a sua fase com o cabelo cor-de-rosa.

Para quem já não se lembra, recomendamos os vídeos de temas como Ex-Girlfriend e Simple Kind of Life. Mas a extravagância não se ficou por aqui. Basta fazer uma breve viagem pelos seus discos a solo. No primeiro projeto discográfico, L.A.M.B. (Love Angel Music Baby), encontramos temas como What You Waiting For, com um vídeo inspirado no conto Alice no País das Maravilhas, ou Rich Girl, onde o estilo steampunk se enrola com uma temática ligada a piratas. Mas claro que o que mais marca este disco da cantora é mesmo Hollaback Girl, aquele tesourinho meio guilty pleasure dos anos 2000 que poucos admitem terem gostado na altura.

Mas nada grita mais “diva” e “extravagante” que o vídeo de The Sweet Escape, onde um estabelecimento prisional nunca teve um aspeto tão expensive. E claro, mais uma referência a um conto infantil, desta vez com Rapunzel. Para terminar de vez com esta diva e dar espaço às próximas, deixamo-vos o videoclip de Wind It Up, com um conjunto de referências um tanto perturbadoras ao famoso filme Música no Coração.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=9sY-TsLXiDo]

St. Vicent
Annie Clark, mais conhecida por St. Vincent, é um dos nomes de referência da música indie rock e de pop barroco da atualidade, tendo já colaborado com David Byrne, o membro dos lendários Talking Heads que esteve presente em Love This Giant, Sufjan Stevens e até mesmo com os Swans, em To Be Kind. A lista de participações é extensa e, se ignorarmos as suas qualidades enquanto artista, a norte-americana apresenta igualmente um aptidão invulgar para praticar futebol.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=mVAxUMuhz98]

2010 – atualidade

Beyoncé
Começou na banda feminina  Destiny’s Child, mas é a solo que a carreira de Beyoncé vai ganhar força. Com muitos prémios e reconhecimento, são canções como Single Ladies (Put a Ring on it), If I Were a Boy ou Run the World (Girls) que revelam a verdadeira essência desta artista que defende a Mulher no seu todo: desde a sexualidade ao fortalecimento da figura feminina. O certo é que Beyoncé é uma feminista assumida, e não há momento em que Beyoncé não esteja a lutar pelas mulheres porque… Who runs the world? GIRLS!

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=VBmMU_iwe6U]

M.I.A.
Numa perspectiva diferente das suas colegas, M.I.A. é um exemplo mais modesto e abrangente do que é ser mulher nos tempos de hoje – para além de defender com garra não só o direito das mulheres mas, principalmente, os direitos humanos.
Nomeada para alguns prémios internacionais, M.I.A. é conhecida pelo seu trabalho filantrópico e nos temas controversos que aborda nas suas canções, incluindo o último single, Borders, que fala precisamente da situação dos refugiados. Uma inspiração pela controvérsia, um exemplo nos direitos humanos.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=r-Nw7HbaeWY]

Lykkie Li
Suecas. Ah! Suecas. Lykkie Li entra no estereótipo destas mulheres do norte graças aos seus cabelos loiros e olhos claros. Se até aqui facilmente se apaixonavam, junta-se ainda uma voz doce e uma postura sensual de derreter qualquer coração. O seu indie rock traz o melhor do que se faz por aquele país.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=cbBSoWzb2ds]

 

Idina Menzel
A rainha do teatro musical merece um destaque neste dia: o talento desmedido de Idina Menzel valeu-lhe a participação em mais de quinze produções musicais (tais como RentWicked e Funny Girl) e em treze discos, entre os quais se contam alguns originais. Mais recentemente, Idina Menzel é reconhecida pela voz de Elsa, a protagonista de Frozen, na performance melodramática de Let It Go. Seja na música, na Disney ou na Broadway, sabemos que Idina Menzel nunca vai parar de desafiar a gravidade.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=4dPim-NN3mQ]

Escolhas de Patrícia Fernandes, Beatriz Rainha, Alexandra Silva, João Patrício, Gonçalo Almeida e Daniel

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