O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
Arrow

Arrow 4×15: Perdas enormes para Oliver Queen

No episódio de Arrow desta semana, o filho de Oliver (Stephen Amell) esteve no centro de muita da ação. Mais do que através dos flashbacks, confrontou o herói com o seu passado, levando a que este perdesse mais do que o esperado.

Após o rapto de William (Jack Moore), a Team Arrow dedicou-se ao seu resgate fazendo de tudo para que nada de mal lhe acontecesse nas mãos de Damien Darhk (Neal McDonough). Para tal, e estando cientes da dificuldade em derrotar o vilão devido aos seus poderes mágicos, trouxeram reforços: Vixen, interpretada por Megalyn Ann Echikunwoke, a mesma atriz que dá voz à personagem da DC Comics na web series com o mesmo nome.

Arrow

Também ela provida de magia, foi fulcral para que William fosse resgatado são e salvo e ajudou também os vigilantes de Star City a perceberam a origem do poder de Darhk. O espectador descobre assim que este advém de um amuleto que Vixen destrói, culminando no enfraquecimento de Darhk, que agora parece ser mais fácil de derrotar.
Arrow

No entanto, estas foram as únicas duas vitórias para Green Arrow, uma vez que para proteger o seu filho, Oliver teve que desistir da corrida eleitoral para se tornar mayor sob chantagem de Darhk e da sua mulher, Ruvé Adams (Janet Kidder).

Tenho sido bastante crítica em relação ao desenvolvimento desta linha narrativa, uma vez que lhe foi dada grande destaque no início da temporada e até nas imagens promocionais durante a winter break. Destaque este que não se repercutiu nos episódios seguintes. Quando parecia que estava a ganhar novamente forma, é cortada, o que apesar de fazer sentido no seguimento da história, me deixa a questionar mais uma vez sobre qual a sua relevância.

Arrow

Não havia qualquer obrigatoriedade em Oliver candidatar-se à posição de mayor, mas se os argumentistas queriam seguir este caminho, deviam ter-lhe feito mais justiça, pois tendo em conta a personalidade de Oliver, uma desafio desta envergadura seria certamente levado mais a sério.

Assim sendo, fico pelo menos feliz que não existam mais plot holes decorrentes desta linha narrativa completamente sub desenvolvida, posto que parece-me que foi mais do que terminada neste episódio.

Falando em linhas narrativas quase que deixadas ao abandono, tenho que referir o pouco que se viu dos flashbacks. Depois de sabermos que Oliver é bastante importante para os planos de Reiter  (Jimmy Akingbola), esta semana a sua importância é reiterada, ficando claro que apenas Oliver é considerado digno de chegar perto do objeto que Reiter tanto anseia alcançar.

Arrow

Toda esta relação com a magia ao longo desta temporada não é algo que honestamente ache que traga algo de novo ou de entusiasmante à série. Enquanto alguém que acompanha Arrow desde a primeira temporada, sempre li a série como uma abordagem a um super herói que vive precisamente de não usar super poderes e de ir buscar a sua força a todos os eventos do seu passado.

Isto tem vindo a perder-se e parece-me que a magia é um bode expiatório para alongar ou arranjar justificações para certas e determinadas coisas. Na minha opinião isso retira grande parte da essência da série e apesar de entender que pelo menos ao longo desta temporada o tema continuará patente, preferiria que no futuro voltassem às origens de Arrow.

Thea (Willa Holland) continua a digladiar-se com o seu pai Malcolm (John Barrowman) e após mais umas discussões decide afastar-se definitivament. Decisão esta que ganha ainda mais força ao saber que este foi o verdadeiro culpado pelo rapto do seu sobrinho.

Arrow

O final do episódio é marcado pelas duas maiores derrotas de Oliver: a perda do seu filho e de Felicity (Emily Bett Rickards). Este decide que o melhor para William é sem dúvida alguma viver longe de si e grava-lhe um vídeo onde lhe explica tudo para que seja visto aquando do seu 18.º aniversário.

Foi o ponto alto do episódio e vê-se claramente a evolução e interiorização da personagem feitas por Stephen Amell, que a cada palavra mostra o sofrimento que ser o Green Arrow acarreta, ainda que mostrando o lado mais humano que a personagem foi desenvolvendo.

Já o término da relação de Oliver e Felicity, que culmina com a entrega do anel de noivado por parte desta, e com os primeiros passos da mesma desde o tiroteio que lhe fraturou a coluna, foi provavelmente o momento mais triste do episódio, ainda que expectável.

Foi apenas esta semana que tomou conhecimento da existência do filho de Oliver e, como tal, é normal que se sinta traída pelo homem que jurou ser completamente verdadeiro para consigo. A força e determinação de Felicity têm vindo a crescer cada vez mais e tomaram forma naqueles passos.

Ainda que enquanto fã do casal me sinta triste com o desfecho, enquanto fã da personagem entendo a necessidade da decisão.

Arrow

Taken não acrescentou grande coisa à história e começa a seguir uma má tradição da série em não acontecer quase nada durante o episódio e darem uma ou duas informações bombásticas no final. Um episódio tem cerca de 40 minutos e os argumentistas de Arrow deviam começar a ter isso mais em conta.

NOTA FINAL: 7,5/10