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Dia dos Namorados. As separações mais difíceis da televisão

No Dia dos Namorados lidamos com o facto de que quem segue uma série acaba por se envolver na vida das personagens como se da sua própria se tratasse. E assim, somos capazes de ficar felizes quando algo de bom acontece à nossa personagem preferida e de ficar verdadeiramente irritados quando os argumentistas não escolhem o caminho que achamos ser o mais correto.

Deixamos-te com algumas das separações que ainda não conseguimos ultrapassar:

Rachel (Lea Michele) e Finn (Cory Monteith) – Glee

Embora esta separação tenha sido causada pela morte do ator Cory Monteith em 2013, facto que torna a situação ainda mais trágica, tendo em conta que Cory e Lea mantinham até uma relação fora do ecrã.

Finn e Rachel foram o casal sensação da série. Um claro exemplo de que os opostos se atraem: um jovem popular e capitão da equipa de futebol da escola e uma rapariga irritante e gozada por todos os seus colegas, acenderam faísca através do seu amor pela música e dos seus corações bondosos.

Durante quatro temporadas, a dupla atravessou uma montanha russa de emoções. O casal encontrou uma maior estabilidade durante a terceira temporada. Na quarta, as personagens já se encontravam na universidade e prontas a começar uma vida adulta. A morte de Cory surgiu como um choque, tanto dentro como fora da televisão, obrigando a uma mudança de rumo na narrativa de Rachel.

Independentemente dos sucessos e insucessos de Glee, Finn e Rachel sempre foram um dos pilares da série, tendo sido até confirmado pelo criador Ryan Murphy que a última temporada seria encerrada como uma cena entre os dois. Embora lamentemos o destino trágico de Cory Monteith, a separação destes dois na série é, acima de tudo, frustrante, pois sabemos que nunca teremos acesso ao verdadeiro desfecho que ambos mereciam.

Ygritte (Rose Leslie) e Jon Snow (Kit Harington) – Game of Thrones

A wildling que mais deu que falar apareceu na segunda temporada de Game of Thrones e foi a responsável por uma das histórias de amor mais bonitas da série marcada por muito sangue e muita intriga.

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Os fãs apaixonaram-se pela história uma vez que representava dois lados de uma contenda completamente antagónicos, mas conseguiram ultrapassar o ódio que supostamente deveriam nutrir um pelo outro, percebendo que afinal não eram assim tão diferentes.

“You know nothing Jon Snow” continua a ser uma frase bastante utilizada e que, juntamente com as imagens finais de Ygritte a morrer nos braços de Jon Snow, nos fazem acreditar que tal como a mesma disse antes de morrer, os dois deviam ter ficado na gruta.

Elena (Nina Dobrev) e Damon (Ian Somerhalder) – The Vampire Diaries

Também este caso teve um desfecho pouco satisfatório devido à saída de Nina Dobrev da série no final da sexta temporada. Ainda assim, é impossível negar que o romance entre Damon e Elena sempre constituiu uma peça principal da série.

The Vampire Diaries começou com o romance entre Elena e Stefan, e Damon foi apresentado como um dos antagonistas, que procurava vingança em relação ao seu irmão. Sobretudo a partir da terceira temporada, Elena começou a aperceber-se de que Damon não era inteiramente mau e Damon, por seu turno, viu em Elena uma chance de acordar o seu lado humano.

O envolvimento torna-se oficial na quarta temporada e, até à sexta, o casal enfrentou toda a espécie de ameaças que foram aparecendo ao longo da série. No final da sexta temporada, um dos inimigos, Kai (Chris Wood), executa um feitiço para ligar as vidas de Elena e Bonnie (Kat Graham), o que significa que, enquanto Bonnie viver, Elena estará adormecida.

A sexta temporada é encerrada como uma despedida emocional à personagem e à atriz, à medida que o elenco se reúne junto do caixão e relembra os melhores momentos da protagonista. Claro que o que mais sofre com a situação é Damon, que sente o mesmo que o público: este final não foi carne nem peixe. Não houve nenhuma morte nem um rompimento da relação. Elena simplesmente está adormecida e, dê por onde der, o resto do mundo tem de seguir em frente.

Robin (Cobie Smulders) e Barney (Neil Patrick Harris)  – How I Met Your Mother

Apesar de no início este ter sido um casal altamente improvável e que não parecia trazer nada de novo à série, a verdade é que os dois protagonizaram dos momentos mais divertidos e também mais emocionantes da série enquanto casal.

Após um crescimento e desenvolvimento de personagens incrível impulsionado pela própria relação, e de uma temporada inteira em torno do casamento dos dois, a forma abrupta com que apresentaram o divórcio de ambos nos primeiros segundos do último episódio da série não lhes fez justiça alguma.

É das decisões mais contestadas dos últimos anos em termos de séries televisivas. Os fãs que durante nove temporadas acompanharam o percurso do grupo de amigos ficaram altamente indignados e, passados dois anos, esta separação simplesmente a não fazer sentido.

Susan (Teri Hatcher) e Mike (James Denton) – Desperate Housewives

Estes dois também entram na lista de casais que tiveram um final altamente frustrante mas, no final do dia, percebemos que foi um final minimamente necessário. Estamos a falar da morte de Mike na última temporada de Donas de Casa Desesperadas, que foi uma tragédia altamente inesperada. Mas regressemos um pouco atrás.

Susan e Mike conheceram-se no início da série e desde então foi claro que eles eram o amor da vida um do outro. Ainda assim, a situação não foi fácil. Ao longo de oito temporadas ambos atravessaram vários romances e o casal finalmente atingiu a estabilidade após o seu segundo casamento, no final da quinta temporada.

De modo a defender a sua vizinha e amiga Renee (Vanessa Williams), na última temporada, Mike vê-se envolvido num esquema de máfia e acaba por ser morto a tiro, à porta da sua casa, caindo nos braços de Susan. Embora este tenha sido certamente um dos momentos mais trágicos da série, colocando largas audiências lavadas em lágrimas, foi uma situação justificada.

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Desde o início da série, Susan sempre se mostrou emocionalmente inconstante, achando que a sua felicidade dependia de homens e que a sua vida apenas faria sentido se tivesse algum amor na sua vida. Embora Mike tenha sido obviamente um pilar da sua vida – e pai de um dos seus filhos –, a morte deste veio romper com a personalidade de Susan, dando-lhe o choque necessário para que a sua personagem pudesse terminar a série com cara nova. Após a morte de Mike, Susan decidiu concentrar-se nos seus filhos – e no seu neto recém-nascido –, apresentando um desenvolvimento que lhe faltou ao longo de várias temporadas.

Thea (Willa Holland) e Roy (Colton Haynes) – Arrow

Ele apareceu como o típico bad boy e ela estava lá com o seu complexo de heroína para o ajudar. Foram um casal inevitável, mas que sempre fez sentido. Com o desenvolver da relação de ambos, começámos a perceber que as suas personalidades se contra balançavam de forma quase perfeita e que eram daquelas personagens que simplesmente faziam sentido juntas.

Num mundo rodeado de vilões, não foram poucas as vezes que tiveram que pôr em risco a própria relação para se salvaguardarem mutuamente e, no final, foi mesmo um ato de altruísmo de Roy que ditou o final da relação.

Apesar de ainda ser deixado no ar o possível regresso de Roy, uma vez que o único motivo pelo qual as personagens não estão juntas é o facto de Roy supostamente estar morto para proteger a identidade do irmão de Thea enquanto Arrow, a verdade é que esta separação foi dura de aceitar.

Ainda em processo de aceitação, uma vez  que o final do relacionamento é recente, custa sempre mais aceitar quando sabemos que as personagem ainda se amam.

 

Artigo escrito por: João Miguel Safara e Helena Santos