Depois de na semana passada tudo ter acontecido, esta semana quase não se passa nada. Podemos dizer que o nome escolhido para o episódio A.W.O.L – sigla de Absent Without Official Leave – lhe fez imensa justiça. Esta quarta-feira Arrow não apareceu e não nos pediu permissão para o fazer.
Felicity e… Felicity?
Ao longo do episódio vemos Felicity (Emily Bett Rickards) numa luta constante para aceitar o facto de estar numa cadeira de rodas, chegando mesmo a desistir da Team Arrow. Acontece que não está nesta luta sozinha mas sim contra si mesma, ou melhor, contra o seu “eu” do passado. Nada mais batido, nada mais cliché, nada mais sem nexo.
Esta Felicity gótica que já tínhamos visto em flashbacks anteriores acusa-a de usar uma máscara na maneira como se veste e naquilo que faz levando-a quase à loucura. Ora, se Felicity na altura da faculdade era uma anarquista e agora trabalha em prol dos outros há alguma contradição não o vou negar. O problema começa quando esta já nessa altura demonstra não se sentir à vontade com aquilo que fazia, não sendo ela mesma. Que acusações são então estas e de onde vêm? Que máscara é esta afinal?
Nada é respondido e do nada Felicity sai de casa, volta a ganhar confiança em si mesma e nas suas capacidades e vai ajudar os seus amigos. No final queima até uma fotografia sua antiga num momento bastante terno com Oliver (Stephen Amell). Esta reconciliação consigo mesma veio de onde? Meteram a aparição só porque sim? Honestamente não trouxe nada de novo nem acrescentou valor algum à série.
Shadowspire
Este é o nome da organização apresentada neste episódio. Começam por matar um colega de Lyla (Audrey Marie Anderson) e John Diggle (David Ramsey), que lhes dá a pista de querem algo de A.R.G.U.S. Mais tarde descobrimos também que Andy (Eugene Byrd) esteve envolvido com estes durante a guerra do Afeganistão e já no final do episódio que Baron Reiter (Jimmy Akingbola) é o seu líder.
De repente uma organização que parece não ser muito importante vem aqui dar finalmente sentido aos flashbacks de Oliver durante o tempo em que esteve afastado de Star City, algo que já se mostrava urgente pois começavam a parecer-se com minutos para encher os episódios.
Neste episódio, foram também estes a tirar a vida a Amanda Waller (Cynthia Addai-Robinson), uma personagem que sempre me irritou e que nunca soube explicar o porquê, mas mais importante que isso serviram para aproximar John e Andy Diggle, algo que apesar de previsível era necessário.
É óbvio, para qualquer seguidor ávido de séries, que é necessário introduzir novas personagens e novas narrativas constantemente para que a série possa perdurar sem se tornar repetitiva. O que se torna complicado de entender é porque é que de episódio para episódio estas são completamente abandonadas.
Foi isso que senti em relação a este episódio em concreto, a falta de elementos que dessem continuidade à história anterior mas que trouxessem algo de novo à mesma. A introdução de Shadowspire vem nesse sentido, mas só isso não chega. Descobriram que Damien Darhk (Neal McDonough) tem poderes e não tentaram saber mais sobre isso? Thea (Willa Holland) já resolveu os seus problemas decorrentes do Lazarus Pit? É que esteve muito calma neste episódio… E a campanha de Oliver para presidente da câmara que já ninguém entende se está ainda a acontecer e à qual não é feita qualquer menção?
Nota final: 6,5/10