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A 26.ª edição do Amadora BD homenageia a criança na banda desenhada

O Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada, inaugurou ontem, dia 23 de outubro, às 21h30, no Fórum Luís de Camões.

A Amadora tem-se afirmado como a cidade da BD em Portugal de forma notável, não apenas pelo crescente reconhecimento nacional e internacional do festival, mas também graças a outras iniciativas que, embora mais pequenas, têm contribuído para a aproximação à nona arte e atraído, naturalmente, cada vez mais visitantes. A inauguração, há cerca de um ano, da Bedeteca e a recente multiplicação de murais em diversos locais do concelho são disso exemplos. Destaca-se ainda o facto do êxito do Amadora BD ter contribuído para a dinamização de exposições e outros eventos em diversos locais da Área da Grande Lisboa.

A 26. ª edição do Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada é dedicada à criança na BD, apresentando uma homenagem ao centenário das personagens infantis Quim e Manecas, do português Stuart Carvalhais, e apostando numa arquitetura do espaço que pretende representar a visão dos mais pequenos sobre o mundo e a sua capacidade de projetar no quotidiano diferentes imaginários de fantasia e aventura.

Na exposição central A Criança na BD, reflete-se acerca da criança e como a sua representação tem evoluído ao longo dos tempos para veicular mensagens distintas, através de cinco momentos distintos. Por outro lado, entre as diversas exposições existentes, destaca-se, além de Quim e Manecas 1915-1918, os álbuns premiados nos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2014, a mostra do Ano Editorial Português e os novos talentos descobertos no Concurso Nacional de Banda Desenhada, o Concurso Nacional de Cartoon e o Concurso Municipal de BD e Ilustração.

Nas exposições de álbuns premiados nos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2014, destaca-se o Melhor Álbum PortuguêsZona de Desconforto, uma antologia com relatos de autores de banda desenhada que foram estudar ou trabalhar para fora de Portugal, o Melhor Desenho para Álbum Português, A Batalha – 14 de Agosto de 1385, de Pedro Massano, que retrata um dia decisivo para Portugal na história do país, e o Melhor Argumento para Álbum Português, Hawk, de André Oliveira, Osvaldo Medina e Inês Falcão Ferreira, que pretende incutir a ideia de que “o que faz a vida importante são pessoas e momentos que se vão perder para sempre”.

Na Bedeteca, um local de passagem obrigatório, encontram-se as exposições Putain de Guerre! A Guerra das Trincheiras, de Jacques Tardi, e Quim e Manecas vão à Guerra, de Stuart Carvalhais, duas perspetivas antagónicas sobre a Primeira Grande Guerra, no âmbito da evocação do seu centenário, que serviu ainda para a criação de um espetáculo evocativo do conflito, da autoria de Tardi e Dominique Grange, a decorrer nos Recreios da Amadora.

A mostra Amadora Cartoon, este ano sob o mote Traços de Fantasia e Irreverência, encontra-se na Galeria Municipal Artur Bual, na Casa Aprígio Gomes, que acolhe também a exposição OXI e o Cartoon Grego. São homenageados o asturiano Fernando Ruibal Piai e o português Rui Duarte.

A par das entregas dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2015, do Amadora BD Júnior, do Cinema de Animação e das habituais visitas guiadas e ateliês, o Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada, sem se esquecer da aclamada Festa da Caricatura, apresenta este ano a novidade do Cosplay, a decorrer dia um de novembro, das 16h às 19h, no Fórum Luís de Camões.

Entre as presenças de artistas confirmadas, conta-se, até dia 25 de outubro, com Mathieu Sapin, o autor de Le Château, no âmbito de um álbum policial que irá publicar e cuja acção decorre na Amadora, Yannis Ioaunnou, autor da exposição OXI e o Cartoon Grego, Jacques Tardi e Dominique Grange. Até dia 27, é possível encontrar Lawrence Klein, fundador do MoCCa – Museum of Comic and Cartoon Art, no Ponto das Artes, na Lx Factory, por ocasião da exposição Lisbon Calling, para a qual desafiou diversos autores portugueses a criarem universos híbridos nos quais se fundem as culturas portuguesa e americana.

De 31 de outubro a um de novembro também é possível encontrar diversas personalidades, como o galês Fernando Ruibal Piai, os brasileiros Henrique Magalhães André Diniz e o argentino Horácio Altuna. De sete a oito de novembro, o tempo de antena pertence a Reinhard Kleist, com uma exposição dedicada ao álbum O Pugilista, agora lançado em Portugal, e uma sessão de live drawing durante um dj set, no Musicbox; aos jovens Felipe Alves e Tainara Meneses, 16 e 15 anos respetivamente, com a exposição da Fundação da Casa Grande; a Marcello Quintanilha com o lançamento de Talco de Vidro; a Lindomar Sousa, Olímpio de Sousa, Tché Gourgel e João Mascarenhas a propósito do debate Os 40 anos de BD angolana, no âmbito dos 40 anos de independência de Angola.

O Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada estará a decorrer até dia oito de novembro, sextas e sábados, das 10h às 23h, e de domingo a quinta, das 10h às 20h. Os bilhetes têm um valor geral de 3€ a partir dos 12 anos, custando apenas 2€ para estudantes, reformados e pensionistas. As exposições – Bedeteca, Galeria Municipal Artur Bual, Biblioteca Camões, Ponto das Artes e Casa da Cerca – que fazem parte da programação paralela do Amadora BD são gratuitas. Para mais informações, basta consultar o programa, disponível no site oficial.