O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
Photo of EMF
UNSPECIFIED - JANUARY 01: Photo of EMF; Zac Foley on far right (Photo by Michel Linssen/Redferns)

One Hit Wonders que marcaram a música – Parte II

Conheceste na semana passada os primeiros cinco one hit wonders da lista que preparámos para ti. Descobre agora os temas remanescentes que, por si só, fizeram destes artistas autênticas celebridades.

Wallace Collection – Daydream

Os Wallace Collection são grandes apologistas da máxima de Lavoisier: “nada se perde, tudo se transforma”. Em 1969, pegaram na melodia “perdida” do Lago dos Cisnes de Tchaikovsky e fizeram esta canção muito apreciada por essa Europa fora. Anos mais tarde, outras bandas “transformaram” esta música em algo mais electrónico e trip hop. Como prova de que roubar melodias a compositores russos não compensa, a banda durou apenas três anos. Apesar de todos os pecados dos belgas, Daydream perdurou no tempo, fazendo parte do metafísico filme Mr. Nobody, de Jaco Van Dormael e Jared Leto. Atendendo à canção, oxalá os rip offs de hoje em dia tivessem esta qualidade.

http://www.youtube.com/watch?v=_wFMY0r7X-w

Liquido – Narcotic

Os Liquido são a típica banda one hit wonder. Lançaram um grande êxito no início de carreira, andaram a viver dele durante mais de dez anos e, por fim, aperceberam-se que são um lixo e acabaram. Certo é que Narcotic, depois de ouvida, nunca mais se esquece. Aquelas teclas iniciais são tudo menos narcóticas e ficam ali embutidas no nosso cérebro eternamente. A parte triste é que esta será mesmo a única coisa da qual nos iremos lembrar relacionada com os Liquido. Os germânicos tiveram, ainda assim, a honra de ver o seu bebé reconhecido como a Segunda Melhor Canção de Todos  os Tempos por uma rádio também ela alemã. Narcisismos à parte, Narcotic tornou-se o hino oficial da equipa de futebol do Bordéus e, como esperado, desde que isso aconteceu a equipa girondina tornou-se também um one hit wonder, vencendo apenas um campeonato.

http://www.youtube.com/watch?v=0JSXCfGWjqA

Michael Sembello – Maniac

A proliferação de concursos de culinária na televisão nos últimos anos está a fazer com que o número de inscrições nas escolas de hotelaria e restauração atinjam novos recordes. Mas, em 1983, eram as academias de dança que estavam a ter um fluxo de novos alunos cada vez maior. Os responsáveis? Fame e Flashdance. Tanto a série como o filme estrearam quase na mesma altura e ambos abordavam o mesmo: o sonho de uma carreira de topo no mundo da dança. No caso de Flashdance, as músicas escolhidas para a banda sonora ajudaram a tornar mais profundo o cenário à volta da luta da jovem Alex Owens por um lugar numa aclamada escola de dança. Até ao surgimento do filme, Michael Sembello era um perfeito desconhecido. Mas a escolha de Maniac para um dos momentos mais marcantes de Flashdance valeu ao cantor norte-americano a popularidade um pouco por todo o lado. Durante os anos seguintes somou atuações ao lado de nomes maiores da música, mas como lançou apenas um tema conhecido do grande público, rapidamente voltou a cair no esquecimento.

http://www.youtube.com/watch?v=8olv5J6TkUg

Grupo de Baile – Patchouly

Em 1981, a ditadura em Portugal já estava há quase uma década de distância, mas alguns tiques conseguiram perdurar durante mais algum tempo. Foi o caso da censura de canções por motivos como o palavreado menos próprio. Patchouly, dos seixalenses Grupo de Baile, era um dos vários temas que não se fazia ouvir, por exemplo,  na Rádio Renascença. Nas restantes estações, um estridente “piiiii” abafava quase que completamente a palavra “pentelho”. Mas a banda rapidamente conquistou o seu lugar no boom do rock português da época. Contudo estas limitações impostas pelas estações de rádio acabaram por pôr um travão ao sucesso do Grupo de Baile, que acabou por se cingir a Patchouly. A boa notícia é que hoje a canção já é tocada sem qualquer tipo de censura. Menos mal.

http://www.youtube.com/watch?v=UDKFOdpy5yA

Eamon – Fuck it

Mas se há canções comprometedoras por causa das respetivas letras, Fuck It (I Don’t Want You Back) veio provar que essas mesmas letras também podem amplificar a popularidade dos artistas. No caso particular do rapper norte-americano Eamon, foi a frequência estupidamente elevada de palavrões presentes na única canção conhecida do artista. Talvez devido ao tema abordado ser do mais banal possível – uma relação amorosa que acaba abruptamente e de forma pouco clara – Eamon sentiu necessidade de chamar a atenção das massas através da quantidade de asneiras em quatro minutos de música. Mais cómico do que isto, só mesmo a MTV ter optado por passar o vídeo sem os palavrões, fazendo com que metade do refrão não seja audível. Pelo menos conseguiu os seus cinco minutos de fama ou, neste caso, quatro.

http://www.youtube.com/watch?v=QYwyaCd8MyI

Tema Bónus (ou foram tantas as canções que ficaram para trás na preparação do artigo que pelo menos esta tinha que figurar também.)

http://www.youtube.com/watch?v=EyHgVEbQ_nY

Artigo redigido por: Pedro Afonso Afflalo, com a colaboração de Pedro Bento

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