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NOS Alive, dia 9 de julho: Um Bom Começo

A edição deste ano do NOS Alive arrancou ontem. O Passeio Marítimo de Algés recebeu nomes como Muse, Django Django, Flume, X-Wife, e muitos outros.

Algés enche-se de espírito festivaleiro nos próximos três dias. Milhares de pessoas acorreram aos recintos dos vários palcos para ter a oportunidade de ver os seus artistas favoritos. O ambiente, para além da expetável confusão, fica marcado por um clima de boa disposição, onde reina a paixão pela música. Com os concertos que se previam, não é de admirar que os bilhetes para este dia tenham esgotado.

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O Palco NOS começou por receber os The Wombats James BayÀs 20:40 dá início ao concerto de Ben Harper & The Innoncent Criminals, ou melhor, Ben Harper ofuscado pelos The Innocent Criminals. A atuação começou de uma forma pouco energética. Foi preciso o grupo começar a tocar a canção Steal My Kisses para o público começar a interagir. Esteve longe de ser das melhores atuações deste primeiro dia do NOS Alive.

©Arlindo Camacho/NOS ALIVE 2015
©Arlindo Camacho/NOS ALIVE 2015

O primeiro grande concerto do dia teve lugar no Palco Heineken, com os Metronomy. Os britânicos souberam animar o público do início ao fim. Entre os vários temas tocados destaca-se Love Letters: num ritmo um pouco mais acelerado que a versão original, a música conferiu um feedback bastante positivo do público. The Look levou ao delírio dos fãs. Mesmo os interlúdios do último álbum foram tocados na perfeição e nem aí o ritmo e o ambiente da atuação esmoreceram.

©Arlindo Camacho/NOS ALIVE 2015
©Arlindo Camacho/NOS ALIVE 2015

De volta ao Palco NOS, sente-se um ambiente completamente diferente com os Alt-J. Centenas de fãs encontram-se em sintonia ao som de músicas como Left Hand Free, Matilda e Tessellate. A atuação terminou em grande com Breezeblocks.


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O grande concerto estaria prestes a chegar. Os Muse foram a grande atração deste primeiro dia do NOS Alive. O recinto do Palco NOS ficou repleto de pessoas que queriam ouvir a banda de Matthew Bellamy. “Boa noite, Lisboa!” – grita o vocalista, num português quase irrepreensível. O concerto começa com o interlúdio Drill Sargent. A atuação espera-se épica. Os Muse começam a tocar Psycho e o público vibra. Plug in Baby elevou o concerto para todo um outro patamar de espetacularidade. A banda demonstrou todo o seu potencial no rock, e a quebra do ritmo foi visível quando tocaram Madness. Apesar de ser uma música bastante conhecida do público, notou-se que o tema destoava da atuação. Supremacy recuperou o ambiente e dá-se início a um breve throwback com os temas Apocalypse Please Starlight. O concerto atinge o apogeu na música Mercy. Uma chuva de confettis e serpentinas invade o recinto do Palco NOS, num espetáculo que já há muito podia ser considerado como, de longe, o melhor do dia. Ao som de Man With A Harmonica, Matthew Bellamy colocou a bandeira nacional sobre as costas para tocar mais uma música. Knights of Cydonia encerrou este concerto arrebatador. Bellamy despede-se da multidão com a esfera armilar a cobrir-lhe a cara.

De regresso ao Palco Heineken já se fazia ouvir First Light dos Django Django. O concerto também se destaca positivamente. O público ficou envolvido numa experiência sonora sensacional. O grupo interagiu um ou outra vez com o público e este demonstrou entusiasmo do início ao fim.

Às três da manhã surge a cereja no topo do bolo. Também no Palco HeinekenFlume deu uma atuação, no mínimo, perfeita. O DJ tocou remixes conhecidos como o de Tennis Court de Lorde e o de Hyperparadise dos Hermitude. Nos momentos mais silenciosos podia-se ouvir Julio Bashmore a levar o seu público ao rubro no Palco NOS Clubbing. Os fãs de Flume deliraram com originais como Holding On Some Minds. Houve ainda espaço para ouvir a sua música mais recente, um remix do tema Turning, dos Collarbones, lançada há uma semana.

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Fotografias: Beatriz Silva