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Miguel

Crítica: “Wildheart” de Miguel

O terceiro álbum de estúdio de Miguel é lançado hoje, dia 30 de junho. Wildheart apresenta uma excelente evolução do cantor, mantendo o seu estilo inconfundível e um groove espetacular nas suas músicas.

Miguel foi apresentando nos últimos tempos alguns temas que compõem este álbum. Coffee foi o single de avanço. Um presságio do estrondoso disco que estaria para vir. É uma música com um ritmo suave, sem esquecer o RnB com um toque eletrónico. Sem dúvida uma das melhores faixas do álbum. A versão a solo é muito melhor do que a colaboração com o rapper Wale, que não consta no alinhamento deste disco.

http://youtu.be/9Z55sZ2oVY4

Na hora de escolher a melhor faixa de Wildheart, a escolha recai para o tema DEAL. É uma autêntica caixa de surpresas! Começa com um rock meio eletrónico lento, passando depois para este estilo mais acelerado que faz lembrar um funk de Mark Ronson.

Num tom mais smooth, NWA é uma das novidades deste novo álbum de Miguel. Percussão e guitarra dançam alegremente nos nossos ouvidos, acompanhados por um pouco de rap de Kurupt e uns arranjos vocais ao estilo Justin Timberlake. Aparentemente tudo isto resulta na perfeição:

http://youtu.be/tnfm1EeW8wQ

Na mesma onda, o cantor oferece-nos Hollywood Dreams FLESH; a primeira música num registo mais virado para o rock, e a segunda mais voltada para o RnB. São dois temas calmos e fantasticamente bem conseguidos. Apesar da ligeira mudança no registo do artista, tratam-se de músicas que mesmo assim se mantêm fieis ao seu estilo. Em Hollywood Dreams destaca-se ainda a composição de guitarra em lo-fi, que confere a este tema toda uma outra roupagem, mais alternativa.

http://youtu.be/-EWnpPmJ1BQ

Com um início um pouco duvidoso, …goingtohell avança num rock alternativo bastante cativante, aliado ao timbre excecional de Miguel. Este é certamente um dos temas mais promissores no que toca a atuações ao vivo.

http://youtu.be/nDyd_U40Lp8

what’s normal anyway é a música com a letra mais tocante. É a típica história de quem se sente um pouco deslocado, de quem não se consegue integrar com quem está à sua volta, mas sem entrar na lamechice da canção Cool Kids dos Echosmith.

FLESH: o nome diz tudo. Esta é a faixa com um maior sex appeal, seguindo-se the valey. São músicas que apresentam um tom mais sensual, com um ritmo mais lento e com letras um tanto sugestivas. Esta temática não é nova na carreira de Miguel, basta ouvir músicas como Use Me, Pussy is Mine Candles in the Sun.

http://youtu.be/n3txyeSqmMs

Este Wildheart acaba da melhor forma com face the sun, o tema que conta com a colaboração de Lenny Kravitz. Um tema também ele aliado ao rock, que encaixa perfeitamente em qualquer playlist para este verão.

http://youtu.be/2B1Qc5pAw4E

As músicas waves leaves não são propriamente pontos fracos neste álbum. Simplesmente não são temas tão impactantes como as restantes.

O álbum Wildheart superou todas e quaisquer expetativas depositadas nos singles que foram sendo revelados. É um disco que revela uma evolução de Miguel, mas uma evolução lógica; nada de muito rebuscado, apenas uma transição natural, mas nem por isso menos interessante.

Esta é a tracklist de Wildheart na versão standard:

  1. a beautiful exit
  2. DEAL
  3. the valley
  4. Coffee
  5. NWA (feat. Kurupt)
  6. waves
  7. what’s normal Anyway
  8. Hollywood Dreams
  9. destinado a morir
  10. …goingtohell
  11. FLESH
  12. leaves
  13. face the sun (feat. Lenny Kravitz)

https://open.spotify.com/album/6W8ZsoinSMViZMh9aYK7gQ

Nota Final: 8,5/10