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#EurovisãonoEF: Cinco ovos e poucas surpresas

É já em rescaldo das festividades pascais que vamos continuar a descobrir o que a Europa nos guarda para a edição deste ano do Festival Eurovisão. Mais cinco canções e muitas notícias na semana em que se comemoraram os 60 anos do evento.

Alemanha

Ann Sophie interpreta Black Smoke com grande alegria e é o ponto forte desta entrada. Sem dúvida que a cantora mereceu chegar aqui, embora tenha sido pela desistência do vencedor original. É um tema pop em tons preto e branco, uma música algo steady, com uma atuação igualmente monótona, sobre uma relação que se esfuma. Não antevemos grandes proezas classificativas, mas como a Alemanha recebe o Festival caso a Austrália ganhe, nem tudo está perdido para o país de Angela Merkel.

http://youtu.be/W7u4RwkNAY0

Eslovénia

Maraaya é o duo escolhido para representar os eslovenos em Viena, composto por Marjetka e Raay. Caraterizam-se como tendo uma canção indie pop, mas não nos parece muito fácil encontrar aqui a componente indie. Usa uma fórmula normalmente bem-sucedida no Festival: misturar referências clássicas e modernas, batidas eletrónicas com instrumentos reais – e tem uma dançarina a tocar violino! Entendemos o entusiasmo em torno da entrada, que é bem cantada e está muito bem classificada em todas as previsões, mas não nos parece ter nada de novo ou especialmente excitante.

http://youtu.be/-oOQKYopwJ4
 

Espanha

Anunciada com pompa e circunstância, Edurne apresenta-se com Amanecer, uma Eurovision-ballad. As classificações de Pastora Soler (2012) e Ruth Lorenzo (2014) parecem ter entusiasmado a TVE, que volta a jogar pelo épico para tentar um novo top10. Longe de ser consensual entre os fãs espanhóis, pode, com uma boa prestação ao vivo, ter uma pontuação ao nível das de 2012 e 2014. Não deixa, ainda assim, de corresponder a uma atuação trabalhada na base do cliché eurovisivo «música com gritos meets diva poderosa e bonita».

http://youtu.be/9-g92hNNbPQ
Estónia

A Estónia aposta num dueto entre Elina Born & Stig Rästa. Stig descobriu Elina pelo YouTube e convidou-a para cantar esta canção, que já tinha guardada há alguns anos. A verdade é que não parecem uma dupla recém-formada. É uma das nossas favoritas e mereceu a aprovação de 79% dos telespectadores que viram a final nacional. É simples, mas eficaz. O crescendo notado do bridge para a parte final é sublime e torna a canção memorável sem lhe dar a atmosfera cheesy que contamina tantas canções no Festival.

http://youtu.be/zWACbw3cqW0
Finlândia

Os Pertti Kurikan Nimipäivät (PKN) são a banda punk escolhida este ano para representar os finlandeses. O grupo é composto por «quatro homens de meia-idade com Síndroma de Down», sendo que a sua participação aconteceu principalmente para chamar a atenção sobre o problema. Não escondem que a Eurovisão é importante para eles porque já foi ganha pelos Lordi. A Finlândia volta a apostar na diferença para triunfar, e com outros intérpretes e noutro contexto não teríamos qualquer dúvida que esta não era música para o Festival. Rock sem qualquer artifício ‘comercializante’ e sem problemas para, em 1 minuto e 40 segundos, ficar na cabeça de quem ouve.

http://youtu.be/OR6BixXmo08

Recap da Semana

    • O Chipre lançou um remix da sua canção para soar nos Euroclubs por esse mundo fora. Ver o John Karayiannis a cantar a música, que tem uma letra bastante dramática, com um sorriso nos lábios e a tentar sair do meio da estrada em Londres é só esquisito.
      http://youtu.be/vAKL9-Ws5d0

 

  • Suzy veio dizer que não se identifica com a canção Quero Ser Tua e que o seu trabalho com Emanuel foi pontual. A música que ficou a um ponto da final na Eurovisão continua a ser, passado um ano, a canção que põe toda a gente a fazer ‘uauêuauê’, mas não agrada a ninguém.
  • Conchita Wurst, vencedora do ESC em 2014, vai lançar o seu primeiro álbum de originais a 18 de maio, na semana que antecede o Festival Eurovisão da Canção.
  • Não há grandes alterações no que diz respeito a apostas e previsões para a edição deste ano do Festival. Portugal continua em último no Oddschecker, mas consegue o apuramento à final na previsão do ESCStats. Suécia, Estónia e Itália permanecem como hot favourites da edição.