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Agir: o orgulho dos pais que quer “ser levado a sério” [Exclusivo EF]

Irrequieto em palco, bem-educado por natureza e com uma autêntica coleção de tatuagens dos pés à cabeça: é assim que Bernardo Costa, mais conhecido por Agir, se apresenta ao mundo e aos seus fãs, mais especificamente no concerto da noite de ontem, no Armazém F. A sua mãe, Helena Isabel, disse que desde cedo que o seu filho demonstrou queda para a música, e grande parte das suas influências poderão ter vindo da figura paternal, Paulo de Carvalho, um autêntico ícone da música portuguesa. O Espalha-Factos esteve à conversa com este trio de estrelas.

Dengaz, Pacman, Regula e Jimmy P. Muitos são os rappers que espalham a música portuguesa além-fronteiras, mas para muitos, Agir é já considerado como o futuro do rap nacional, e prova disso foi o concerto dado ontem, onde trouxe muitos convidados e atuações de luxo.

O cantor produtor tem o lançamento do #LevaMeASério agendado para fevereiro de 2015, apesar de o seu processo de conclusão ainda “ir a meio”, apesar de isto aquilo que mais gosta de fazer na sua vida: “é o processo que me dá mais gozo”. Porquê tal nome? “É para as pessoas se ligarem ao álbum mais facilmente. O pessoal não me leva a sério mas espero que a partir de agora me comece a levar! (risos)”.

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Responsável pela composição de todas as faixas do álbum, Agir revela que esse é uma fase “trabalhosa mas natural” da sua carreira, e que, “quer queira quer não”, acaba sempre por escrever acerca de amor, o que acaba por tornar “relativamente fácil a escrita sobre o assunto”. Quando a imaginação não vem, a solução é simples: “vou ter com os meus amigos ou fazer qualquer coisa e volto uma hora mais tarde”.

Sem aparentar quaisquer sinais de nervosismo antes dos seus concertos, o talentoso jovem, que irá passar o Natal e a passagem de ano junto com a sua família, confessou que a sua carreira ainda não está onde quer “nem nunca vais estar”, apesar de não ter os limites muito bem definidos.

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O futuro para além fronteiras está em cima da mesa, conta Agir, mas isso é algo que encara “como um sonho mas como um objetivo“, já que as grandes oportunidades do mundo da música estão lá fora. Abandonando ou não o país, o cantor diz que nunca irá abandonar os fãs, “parte essencial” do seu sucesso.

  • Pais artistas com orgulho do filho artista

Filho de uma atriz nacionalmente reconhecida e de um cantor com mais de 50 anos de uma carreira recheada de sucessos, era quase inevitável que Agir viesse parar ao mundo das artes. Tanto Paulo de Carvalho como Helena Isabel estiveram ontem a assistir pela primeira vez a um concerto ‘a sério’ do seu filho e, em conversa com o Espalha-Factos, disseram poder estar mais orgulhoso caminho que este está a tomar.

“Acredito muito no que ele faz”, disse Paulo, autor de êxitos como Nini dos meus 15 anos e Lisboa, Menina e Moça, “acho que ele está a fazer muito bem as coisas e a tratar com cabeça da vida dele”. Atualmente com 67 anos, o cantor apontou que, hoje em que, não serve “só ser-se bom na música, e há muita gente que se aproveita do nosso trabalho”, mas que Agir “está a seguir uma linha produtiva, é muito bom neste género de música” e, por isso, evita dar-lhe conselhos, a menos que lhe sejam pedidos.

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Já no final do concerto, Helena Isabel confessava-se “uma mãe muito babada” com a prestação do seu progenitor, que, como nos contou, “sempre foi uma pessoa dedicada à música desde pequenino. Ele sempre tocou vários instrumentos e parece que aprendia sozinho”.

À semelhança do pai, Isabel reconheceu a autonomia do filho e diz que, por vezes, é até ele quem dá conselhos à mãe, mas que havia uma coisa que gostaria que Agir evitasse fazer: “não gosto quando ele diz asneiras e já lho disse!”.