Natal é sinónimo de partilha. A equipa de Música do Espalha-Factos entra no espírito natalício e dá-te uma lista dos melhores álbuns que podes partilhar com todos aqueles que gostas.
De Tony Bennet a U2, passando por Metronomy ou U2, todos os géneros de música podem ser ouvidos, mas sempre com o selo de qualidade Espalha-Factos.
Pedro Miguel Coelho – The Endless River, Pink Floyd
São 21 faixas distribuídas ao longo de uma hora e cinco minutos. Um regresso criado a partir de algumas sobras de material com 20 anos e que cai que nem ginjas na altura natalícia: É ideal para oferecer a pais e avós. Gravado por Nick Mason, David Gilmour e Rick Wright, é reconhecível aos primeiros 3 minutos como sendo Pink Floyd, trazendo ao séc. XXI um coletivo que será sempre intemporal e que custa sempre dizer que se vai despedir.
João Patrício – Cheek To Cheek, Lady Gaga e Tony Bennett
O álbum soa a Natal do início ao fim! A magia do jazz na voz de Lady Gaga e Tony Bennet conferem às músicas um tom bastante agradável e transmitem imensa alegria. É perfeito para oferecer a alguém que aprecie este género musical, ou simplesmente para acompanhar o jantar de Consoada, escapando às músicas clichê que enchem alinhamentos das rádios e centros comerciais nesta altura do ano. Entre as 11 músicas que compõem este álbum, destaco canções Anything Goes e Nature Boy.
Alexandra Silva – Classics, She&Him
Zooey Deschanel (protagonista da série americana New Girl) e M. Ward gravaram já três volumes de originais e têm até um disco de Natal – A Very She & Him Christmas, lançado em 2011 – mas o fresquinho Classics remete-nos também para o ambiente natalício. São 13 covers de temas de Aretha Franklin, Dusty Springfield, Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Elvis Costello, Van Morrison, entre outros. É bom para oferecer à cara-metade porque contém temas fofinhos, mas também aos pais por ter poderosos clássicos. Quem for bom amigo faz brilharete porque a voz sensual de Zooey marca pontos, mas a pinta rock n’ roll de M. Ward também. Eu por mim, ficaria bem feliz se o Pai Natal mo trouxesse.
Cátia Rocha – Simmer Down de Elderbrook e Goddess de BANKS
Vou tomar a liberdade de escolher duas opções, mas há uma razão válida. O “álbum” de Elderbrook – bem, está mais para um EP do que para um álbum – só tem cinco músicas, em que duas delas são remixes, mas é uma boa opção para qualquer lista. Perfeito para oferecer àquela pessoa que é a fã número um de Chet Faker, por exemplo. Ou para os amigos ou caras-metade que gostam sempre de saber quem é a próxima aposta do mundo musical aka aquelas pessoas que gostam de descobrir artistas ou bandas novas.
A segunda escolha já é um álbum mais completo, com 18 faixas, se estivermos a falar da versão deluxe. Uma excelente voz, com uma boa produção e uma alcunha curiosa: na imprensa internacional, há quem a chame “The Weeknd de saias”. E, adivinha, promete dar que falar.
Joaquim Pedro Santos – Sound of a Woman, Kiesza
Um dos meus géneros musicais favoritos, o house music, está na moda. Kiesza é uma das principais interpretes desta nova vaga para a cena house. Sound of a Woman, lançado no passado mês de outubro, é a prova do que a canadiana tem para oferecer. Depois do sucesso que foi o single Hideaway, o álbum é a confirmação. Voz afinada, mas com curto espaço entremeada com batidas bem fortes do melhor estilo deep house.
David Pimenta – Greatest Hits: Decade #1, Carrie Underwood
O country é um género pouco amado pelo público português. A única excepção persistiu na figura de Taylor Swift, que há pouco tempo mudou para o universo pop. Carrie Underwood, com uma das melhores vozes do country, lançou ontem o primeiro disco com os seus grandes êxitos. Venceu a quarta temporada do American Idol, em 2005, e lançou logo de seguida o primeiro disco. Greatest Hits: Decade #1 reúne músicas ideais para ouvir ao som da lareira e para dar um pé de dança, é um obra-prima para todos os apreciadores do género.
Gaspar Ribeiro Lança – Songs of Innocence, U2
É o álbum do ano, por tudo o que envolveu e ainda envolve; pela magia que contém, pela harmonia, pelo impacto no mundo dos dias de hoje. A isso adiciona-se todo o background da banda irlandesa para, sem surpresa, dar origem a uma das melhores obras dos últimos tempos.
Songs of Innocence é o álbum a oferecer, não apenas em véspera natalícia mas ao longo de todo o ano. Aos amigos, à família, aos conhecidos, a qualquer amante de música. E também àqueles que por ela não se encantam — se há lista de registos capazes de provocar neles uma reação diferente, o mais recente trabalho de Bono & Companhia é um deles.
Pedro Miranda – Love Letters, Metronomy
Se The English Riviera era simultaneamente o viver e o personificar das quentes noites de verão, Love Letters, último disco dos ingleses Metronomy, é tudo aquilo que se poderia esperar de um disco natalício (sem ter, no entanto, qualquer referência ao Natal propriamente dito). As tranquilizantes sonoridades de guitarras e sintetizadores, aliadas ao cunho lírico de verdadeiras “cartas de amor”, fazem deste álbum o presente perfeito para oferecer a alguém de quem realmente gostamos. “It got so cold at night/I’ve got to beam my message to you” canta Joseph Mount na faixa de abertura – haverá conjunto de versos que mais sinteticamente compreende o verdadeiro espírito do Natal?