Ainda o relógio não marcava 22h e já o Casino Lisboa dava indícios de voltar a aproximar-se da lotação esgotada. Na verdade, tornou-se em algo próximo de uma tradição nas últimas semanas: às segundas-feiras, há música e num ambiente muito agradável. Dia 8 de dezembro, foram os Deolinda os responsáveis pela animação. E tão bem cumprem a sua ‘tarefa’…
O primeiro indício foi dado com a passagem pela ponte que os levava ao palco 360º do Arena Lounge. Era um regresso entusiasmante (muito aplaudido) e para o testemunhar estavam algumas centenas de espectadores. Entre eles, claro, o Espalha-Factos, que te conta tudo sobre mais uma noite mágica no Casino Lisboa.
Desde cedo que Ana Bacalhau, a grande cara do movimento que animou a noite, se revelou empenhada em dar espectáculo: abriu as hostes com uma negação – e que negação – completamente apoiada pela sua voz tão característica, Fado Não é Mau. Estavam lançados os dados para uma hora e meia de boa música, animação e muita interacção. De outra forma não poderia ser, não com estes intervenientes.
À volta do palco começava a ser criada a atmosfera certamente idealizada por muitos: se com Patinho de Borracha chegou o primeiro grande momento da noite – e acreditem, o ‘patinho’ esteve mesmo lá, bem no alto da cabeça de Ana, até que integrou a banda sonora – foi Concordância que (fazendo jus ao nome) serviu de pontapé de partida perfeito para uma verdadeira sintonia entre todos os presentes até ao se atingir o auge em Fado Toninho, um dos maiores êxitos do quarteto.
O que se seguiu foi um verdadeiro espectáculo, como aliás a fusão entre o Casino Lisboa e os Deolinda prometia. De já clássicos da banda a temas mais recentes, Ana, Luís, José e Pedro exploraram todas as passagens e ligações possíveis com a audiência. Fizeram-no bem e conseguiram agarrá-la do início ao fim (mas já lá vamos, que o melhor está sempre lá!), relembrando Fon Fon Fon – antecedido de Contado Ninguém Acredita e uma longa e bem sincronizada sequência de palmas — ou Eu Tenho um Melro.
E aqui, ao levantar-se no término da balada, a ‘senhora Deolinda’ deslocou-nos para uma outra fase do concerto. O final aproximava-se e, como manda a regra, parte do melhor estava para ele guardado. Seja Agora, Movimento Perpétuo Associativo e Um Contra o Outro, antes de Clandestino e Musiquinha no encore, colocaram um ponto final numa noite mágica de forma entusiasmante com todos os presentes a fazerem parte do bonito espectáculo.
Alinhamento completo do espetáculo:
- Fado Não é Mau
- Mal por Mal
- Patinho de Borracha
- Há-de Passar
- Concordância
- Fado Toninho
- Quando Janto em Restaurantes
- Fiscal do Fado
- Passou por Mim e Sorriu
- Contado Ninguém Acredita
- Fon Fon Fon
- Doidos
- Mastro
- Não Tenho Mais Razões
- Eu Tenho um Melro
- Fadout
- Seja Agora
- MPA
- Um Contra o Outro
- Clandestino (encore)
- Musiquinha (encore)