Ontem, por volta das 18 horas, o reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, entregou o grau de doutor Honoris Causa a Mário Vargas Llosa, escritor peruano e prémio Nobel de Literatura.
O poeta e professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH/NOVA), Nuno Júdice, foi o responsável por esta nomeação e descreve as obras de Llosa como “imprescindíveis para conhecermos a História do continente sul-americano, os seus conflitos e a sua sociedade, sendo exemplos maiores A Guerra do Fim do Mundo em que descreve a guerra dos Canudos no Brasil, e o seu penúltimo romance de 2010, O sonho do Celta, em que traça um retrato impiedoso da colonização europeia da África negra, para além de obras que o afirmaram na transformação da linguagem romanesca do século XX, ao lado de García Márquez.”
A crítica de Mário Vargas Llosa às injustiças sociais e raciais é um marco visível da sua escrita. Esta temática foi salientada pelo próprio no discurso da cerimónia: “A função do escritor não acaba em escrever bem. Há um compromisso cívico de defesa dos direitos humanos”. Para além disso fez questão se agradecer a José Cardoso Pires, o amigo que lhe deu a conhecer Fernando Pessoa. “Leio-o com prazer”, acrescentou Vargas Llosa.
Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, Manuel Ferreira Teixeira, secretário de Estado da Saúde e Mário Soares, antigo Presidente da República, foram algumas das personalidades que assistiram à cerimónia, no auditório da Reitoria da NOVA, no Campus de Campolide.