George Saunders, escritor americano de ficção, foi galardoado com a primeira edição do prémio Folio com o seu livro Tenth of December. Este prémio, coordenado pelas edições do mesmo nome, pretende reconhecer autores de toda a ficção inglesa com uma dotação de 40 mil libras (cerca de 48 mil euros).
Esta organização surgiu em reação ao prémio Booker, que alegadamente apenas reconhecia autores de origem britânica e começava a tomar um rumo demasiado comercial, ignorando juízos estritamente literários. Desta forma, Folio galardoou George Saunders e conseguiu assim marcar a diferença.
Saunders é americano e dá actualmente aulas na Universidade de Syracuse (Estado de Nova Iorque), onde concluiu o seu mestrado em Escrita Criativa. Tendo já recebido vários prémios literários, o autor está a tornar-se num marco importante da literatura inglesa contemporânea, visto que o seu género ajudou a que os contos tivessem ganho uma maior atenção nos últimos anos, em deterioramento do romance.
A Academia Folio é inicialmente formado por uma centena de escritores e críticos que ajudam a escolher uma primeira triagem de 60 livros, aos quais são adicionados mais 20 por editores. O júri anual – este ano composto por Lavinia Greenlaw, Michael Chabon, Sarah Hall, Nam Le e Pankaj Mishra – elege então os oito candidatos ao título para mais tarde chegar ao grande vencedor.
Os contos de George Saunders competiram na final com obras de Anne Carson, Amity Gaige, Jane Gardam, Kent Haruf, Rachel Kushner, Eimear McBride e Sergio De La Pava. O autor vencedor foi elogiado pela sua originalidade e implacabilidade, explorando temáticas profundas e que nos fazem reflectir acerca dos problemas da sociedade actual.