No dia 6 de fevereiro no Museu do Oriente é inaugurada uma exposição de pintura de Jiang Shanqing, grande pintor contemporâneo chinês, “cujo saber reside no facto de conseguir dominar a tinta sobre o papel criando diferentes tonalidades de manchas”.
Jiang Shanqing, nascido em 1961 em Haining, vive atualmente em Pequim, embora gira um ateliê parisiense e seja convidado a expor um pouco por todo o mundo. Em 2012, alcançou o quarto lugar na classificação mundial das vendas em leilões de artistas contemporâneos chineses e é considerado, pelo professor Ain Robertson do Departamento das Artes de Sothesby’s inglesa, “um dos maiores nomes da pintura do seu país”.
As pinturas de Shanqing estão carregadas de harmonia e equilíbrio provenientes da densidade e da difusão da tinta, de um poder evocativo e de algumas caligrafias que, embora deformadas, conservam “a sua força sugestiva à maneira de um acorde musical”. Há quem caracterize o artista como um indivíduo “habitado por uma luta interior entre o racional e a intuição”.
O crítico e historiador de arte, Yves Kobry, chega a afirmar que “se a fonte de inspiração de Jiang Shanqing é profundamente chinesa, quer pelo espiríto que o habita quer pelas técnicas empregues, ela não é estranha para um ocidental lembrando, pela dinâmica gestual, certos artistas do séc. XX como Jackson Pollock“, ainda que Shanqing nunca sature o espaço, deixando, pelo contrário, o movimento fluir, conservando a sua autonomia.
A mostra mantém-se aberta ao público até dia 27 de abril.
Para mais informações contacte o Museu do Oriente por e-mail ou através do site oficial.