Numa gala marcada pela homenagem a Eusébio, em que que os concorrentes interpretaram o tema We Are The Champions, dos Queen, as claques estiveram ao rubro e não pararam de apoiar os seus favoritos ao longo do espetáculo.
A presença das claques, não só para os concorrentes, como para o próprio formato do programa, é fundamental. Constituídas por familiares e amigos próximos, elas animam o programa do início ao fim, manifestando o seu favoritismo pelos que destinam a apoiar. Situadas do lado esquerdo do palco, espaço reservado inteiramente para si, para onde se direcionam a maior parte das câmaras que acompanham o espectáculo, as claques demonstram muita energia e boa disposição não só para com o concorrente que apoiam, como para com todos os outros, que merecem ser respeitados. A rivalidade de claques é algo que não é visível nas galas do Factor X.
Há claques de todos os géneros: umas que trazem camisolas fluorescentes ou luminosas com imagens e o nome dos concorrentes, outras que se dedicam à pintura e à colagem e acabam por construir cartazes cheios de cor e com letras grossas, de modo a serem visíveis em qualquer parte do estúdio. O que interessa é a sua presença, mostrar aos concorrentes que não estão sozinhos nesta jornada e que, embora possam ser expulsos do Factor X, o seu talento será sempre reconhecido.
Do lado direito do palco está o público geral que, apesar de não fazer parte das claques, também marca lugar na gala para apoiar o seu favorito. É o caso de Matilde e das suas amigas que, ao longo do programa, gritaram e elogiaram em coro a prestação de quem subia ao palco. “Os meus preferidos são os Aurora, é por eles que eu torço. São giros e cantam bem. Porém, também gosto muito do D8. Tem garra!”, revelou Matilde.
Não foi só Matilde e as amigas que intervieram no programa: ao longo do mesmo, várias pessoas gritavam mensagens de apoio, mesmo quando os júris se pronunciavam sobre as atuações. Quando D8 acabou de interpretar o tema Vagalumes, dos Pollo, proveniente da plateia ouviu-se um “és lindo!”, ao que o concorrente respondeu “tu também!”.
Vindas de todas as partes do país, incluindo os arquipélagos, como é o caso da claque de Mariana Rocha, que viaja dos Açores para a estação de Paço de Arcos, elas não perdem uma gala. Apesar de Betão – o animador do programa por trás das câmaras – trabalhar constantemente para despertar o seu entusiasmo, elas, por si só, já fazem a festa.
Fotografias: André Cardoso