Depois de uma temporada de três meses em cena no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa, na qual foram aplaudidos por mais de 35000 espectadores, Maria Rueff e Joaquim Monchique têm levado o seu Lar, Doce Lar em digressão por todo o país. Na passada sexta-feira, 1 de março, foi a vez do Teatro-Cine de Torres Vedras receber os dois atores com uma sala totalmente esgotada, tendo sido necessário marcar uma data extra para mais uma sessão dos espetáculo no dia seguinte.
Apesar de já trabalharem juntos em televisão há cerca de 20 anos, Lar, Doce Lar junta pela primeira vez Maria Rueff e Joaquim Monchique em palco, num texto original de Luísa Costa Gomes, com encenação de António Pires.
Interpretadas pelos dois atores, as duas amigas e personagens principais Lurdinhas e Estela são colegas de quarto na residencial Antúrios Dourados, a mais cara residencial sénior do país. As duas amigas partilham as peripécias do dia a dia, bem como a competição por um quarto individual, que ficou vago após o falecimento de uma idosa.
Para além das duas amigas, Rueff e Monchique interpretam todas as outras personagens que visitam a residencial, trocando de figurinos a uma velocidade impressionante, levando a imaginar que o backstage do espetáculo tem grandes semelhanças a uma prova dos “Jogos sem fronteiras”.
Trata-se de uma comédia absolutamente deliciosa e capaz de arrancar gargalhadas a toda a plateia desde os primeiros minutos, sendo uma bonita homenagem à amizade e aos séniores. É perfeitamente natural que, ao assistir a esta peça, o espetador reveja os seus familiares mais idosos, nalguns dos traços das duas personagens principais.
A entrega e disponibilidade dos dois atores é louvável, também por se prontificarem a levar o seu Lar, Doce Lar de norte a sul do país, permitindo o acesso à cultura fora das grandes cidades, mesmo em tempos de crise, e fazendo jus ao lema de que rir é o melhor remédio.
A próxima paragem de Lar, Doce Lar será o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, no qual estará em cena de 14 de fevereiro a 14 de março.