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Luzes, Cores, Berros e Dubstep no TMN ao Vivo

Na passada terça-feira, dia 8 de janeiro, os Enter Shikari subiram ao palco do TMN ao vivo, em Lisboa. Foi o regresso após a última vinda, em 2010, no festival Paredes de Coura. Na noite anterior tinham tocado no Hard Club, na cidade do Porto.

Enter Shikari

Uma hora antes do concerto começar, já se via uma fila extensa à porta mas por fim, às 21h, numa sala a encher, as luzes acenderam-se. Quatro rapazes cabeludos deram os primeiros acordes e se havia dúvidas sobre se o público iria aderir a esta banda, rapidamente se percebeu que não eram desconhecidos do público, que acompanhava as malhas de braço no ar. “We’re the motherfucking Cancer Bats”, apresentou Liam Cormier àqueles que para quem a banda canadiana era uma novidade. Pela segunda vez em Portugal, atuaram com uma energia incrível, partilhando o microfone com a fila da frente. Foram 45 minutos de boa música, sempre a abrir. Em jeito de surpresa – porque nem toda a gente está à espera que uma banda de post-hardcore o faça – presentearam-nos com uma cover da Sabotage de Beastie Boys, à qual ficou toda a gente rendida. Terminaram com R.A.T.S, a primeira música do seu último álbum Dead Set on Living, bem suados e com um sorriso na cara. “You guys are awesome!”.

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Durante o intervalo, foi possível trocar umas palavras com o vocalista que estava na zona do merchandise, à conversa com os fãs. Mostrou-se verdadeiramente contente com o concerto e com o público que os tinha recebido tão bem, mesmo quem apenas tinha ido para ver a banda seguinte. Que tipo simpático!

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Os Enter Shikari trouxeram consigo um espetáculo completo. Rou Reynolds, envergando um gorro verde fluorescente, entrou em palco acompanhado da restante banda, rodeados de colunas luminosas, sendo que o próprio guitarrista trazia a sua guitarra artilhada com um led branco na cabeça. O público estava ansioso, e a sala, onde pessoas com t-shirt da banda abundavam, estava cheia. Aos primeiros acordes de System…, do álbum mais recente lançado em 2012, a sala tremeu, tal era o entusiasmo de todos os presentes. Seguiram-se mais duas músicas de A Flash Flood of Colour, numa mistura de post-hardcore, metalcore com breaks de dubstep e electro, e com um inconfundível sotaque britânico. Uma confusão ordenada que parece ser o que mais alicia os fãs da banda.
Apesar desta banda inglesa existir há já 10 anos, os seus membros parecem não ter perdido as feições de miúdos que conhecemos no vídeo de Sorry You’re Not the Winner, a música que os lançou e que pudemos ouvir ao vivo, desta vez – nas últimas vindas a Portugal tinha falhado.

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A certa altura abriu-se um círculo no meio do público onde rapazes em tronco nú moshavam ora ao som de berros, ora sentindo a esquizofrenia dos sons eletrónicos. As luzes encandeavam a sala, mudando de cor e a banda mostrava-se bem preparada, incluindo pequenas encenações, parando no tempo. Após Mothership (outra das mais famosas) abandonaram o palco, para rapidamente voltarem para encore ao som de um unânime “we want more”. Seguiram-se mais três músicas, Constelations, Pack of Thieves e Zzzonked acompanhadas de efeitos visuais bem coordenados. Hora e meia depois de terem começado, despediram-se deixando o público lisboeta satisfeito.

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