O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
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Em conversa com o’Ludo

Os algarvios O’Ludo aparecem no panorama musical português no ano de 2007, tendo já lançado dois EP’s, Nascituro (2007) e Mil Tentações (2009). Estão hoje sob análise, numa entrevista ao Espalha Factos.

A banda de Olhão é formada por Davide Anjos (vozes e guitarras), João Baptista (vozes e guitarras), Nuno Campos (piano e teclados), Paulo Ferreirim (baixo) e Filipe Cabeçadas (bateria). Lançaram recentemente o videoclip do single Quera ficar sem receios. Este pertence ao primeiro álbum, intitulado Almirante, que foi criado à volta de “um ser de face e feições ocultas, mas ao mesmo tempo, familiar. Lembra-nos a presença e o respeito pelo mar, sempre marcados na alma Portuguesa”.

Espalha Factos (EF): Quem são os O’Ludo?

O’Ludo (OL): O’Ludo são cinco pessoas diferentes, com experiências diferentes que a música juntou.

EF: Como é que banda se formou? O que vos fez querer seguir carreira na música juntos?

OL: Todo o nosso processo foi muito natural. Juntámo-nos, falámos sobre música e começámos a tocar, sempre na base da sinceridade musical e com base em experiências. As experiências foram resultando e, a partir daí, fomos seguindo em frente; não houve uma decisão, foi mais uma consequência feliz de tocarmos juntos.

EF: O que significa O’Ludo? Como surgiu este nome?         

OL: Ludo é uma zona da reserva Natural da Ria Formosa, é o que nos liga à nossa terra e à natureza. Significa também a vertente lúdica da música, o jogo de notas e melodias. Surgiu de um conjunto de nomes que cada um tinha. Este foi o eleito pela simplicidade e pelo significado que tem para nós.

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EF: Quais são as vossas influências musicais nacionais e estrangeiras?

OL: É uma pergunta muito difícil porque cada um tem gostos diferentes e ouve coisas diferentes. O Nuno gosta de ouvir Springsteen, Pink Floyd e os projetos a solo dos membros, entre outros. O Paulo é mais na onda dos Stones, Interpol e Radiohead. Eu (João B.) gosto de Queens of the Stone Age, Artic Monkeys, Los hermanos. O Filipe neste momento é capaz de estar a ouvir Doves ou Dregd e o Davide adora Jeff Buckley e está a ouvir pela 10.ª vez o disco do Carlos do Carmo com o Bernardo Sassetti (risos). A música portuguesa é ouvida por todos, normalmente até juntos. Gostamos de discutir os discos que saem, ouvindo-os vezes sem conta e procuramos melhorar sempre ouvindo os nossos “colegas”.

EF: Consideram que fazem uma música mais rock ou mais pop? Que género musical vos caracteriza?

OL: A mistura de vários. Não conseguimos ficar agarrados a um género, limita-nos musicalmente. Podemos ter uma ideia com um ritmo baseado num tango ou maracatu e tornar-se de repente num pop mais “orelhudo”. Há canções nos nossos discos de géneros bastante diferentes, desde bossa até brit pop. O que nos interessa é poder jogar esse jogo e não limitar os instrumentos a um género ou a um tipo de som.

EF: Durante este ano passaram por várias salas e teatros. Qual o feedback desta maratona de divulgação?

OL: Tem sido, até agora, bastante bom! Temos boas críticas e boa aceitação ao vivo. As pessoas gostam do que fazemos e isso é muito gratificante. Mas o maior feedback e “lição” é que temos de continuar a trabalhar. Mais e melhor!

EF: E qual é a reação do publico a estes concertos mais intimistas? O que aconteceu em Faro no “noites no sofá”?

OL: Confessamos que foi um pouco estranho. Até para nós. Nas primeiras músicas estávamos um pouco nervosos, mas depois ao ver o público tão relaxado nos sofás e tão atento ao que estávamos a fazer, de nervosismo passou rapidamente a descontração. As pessoas presentes adoraram a ideia e adoraram o espaço. Foi, sem dúvida, uma experiência muito positiva que esperamos repetir!

EF: Almirante é o vosso primeiro álbum; no entanto, já tinham lançado dois EP’s. Sentem que cresceram desde então?

OL: Crescemos porque nos conhecemos melhor. Já são uns anos de estúdios, ensaios e concertos. O Almirante é o culminar desta experiência conjunta e da confiança que há entre nós.

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EF: Quais as principais diferenças que destacam entre os vossos trabalhos?

OL: O Almirante é um disco que representa o crescimento da banda. Tomámos decisões baseadas já na experiência dos Ep’s. Foi importante gravar anteriormente para ganhar experiência. Não queremos dizer com isto que não gostamos dos trabalhos anteriores. Foram feitos de forma muito diferente. Demorávamos muito mais tempo a fazer as coisas que agora. A nível de composição, são discos muito diferentes, porque atravessávamos fases da vida e estados de espírito bastante diferentes e isso é imperativo que seja sentido. Podemos concluir que as diferenças são a experiência e o estado de espírito.

EF: Neste álbum parece-me que contam histórias de vida. Era essa a intenção inicial?

OL: Em parte, sim. Queríamos deixar em aberto várias possibilidades. Mas, ao analisar as canções que viriam a integrar o disco, conseguimos interligá-las e com isso criar esta personagem. Podemos dizer que se tornou um disco de estórias de vida do Almirante, contadas por nós.

Quais os projetos que pretendem realizar num futuro próximo?

Para já, começámos a testar a nossa nova sala de ensaios com umas gravações. Queremos trabalhar nas novas músicas num ambiente mais descontraído. E, quem sabe, até ao final do ano podemos ter algumas novidades.

Para finalizar, têm concertos já agendados?

De momento não. Estamos a programar ainda o ano de 2013. Esperemos já ter novidades no final do mês.

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