A abertura do 18.º Super Bock Super Rock é já hoje. O Espalha-Factos vai estar pelo Meco a acompanhar o festival e a fazer a reportagem em primeira mão.
Não é preciso ser céptico para ficar algo cabisbaixo ao comparar o cartaz deste ano com o da edição passada. Ainda assim, e atentando a um espectro de gostos bastante alargado, o SBSR promete boa música, muito sol e um excelente ambiente. A combinação entre históricos como Peter Gabriel ou Incubus e os mai-novos como The Happy Mess e Oh Land é arrojada, expondo a clara aposta da organização em congregar diferentes gerações e estilos musicais bastante distintos.
Mas o que acontece se à equação juntarmos o infame Skrillex e a irreverência de Hanni El Khatib? Se não fossem “as coisas da vida” também Pete Doherty cá viria fazer das suas, mas não nos podemos esquecer de Bloc Party, Hot Chip, Alabama Shakes e Friendly Fires; uns têm uma reputação que os precede, enquanto outros começaram a “vingar” só há bem pouco tempo.
A organização do SBSR quis contrariar a conjuntura de diferenciação de géneros e colocou as vozes femininas nos píncaros. Não é preciso pensar muito para nos lembrarmos da presença de Lana Del Rey e M.I.A. no palco principal, bem como Regina Spektor ou Bat For Lashes, que serão bem mais que golpes de vista no Palco EDP.
A música portuguesa também tem a sua palavra nesta 18.ª edição e decerto que ninguém vai querer faltar aos concertos de Capitão Fausto, que farão a honras da casa, Supernada e Wraygunn. Com isto e muito mais, o cartaz do Super Bock Super Rockassume-se como apto para todos os gostos musicais. A música ajuda, mas ainda bem que sozinha não faz um festival.
Face às novas apostas da organização, principalmente a instalação do relvado, as expectativas estão em alta. Tanto no recinto como no acampamento, é esperada bastante mais erva do que no ano passado, pelo menos no que toca ao terreno do festival. A segurança e comodidade dos festivaleiros aparece, este ano, com demarcado destaque. Para cumprir tais metas, a organização parece determinada em oferecer mais recursos a quem passar pelo Meco nestes próximos dias. Mais chuveiros, mais lugares de estacionamento, um trilho pedestre para a praia, arruamentos e, claro, a arca frigorífica, são as principais novidades.
Estão reunidas as condições para que o pó não leve a melhor, num festival que com o sol do Meco tem tudo para ser bem mais que agradável.
Redigido ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1945, por André Abreu, Diogo Ferreira e Francisco Morgado Gomes.