O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
De a 20 - T3E04

De 0 a 20 [Edição #23]

No De 0 a 20 desta semana, destacamos o regresso do Ídolos à SIC a analisamos as primeiras emissões do talent show. Luciana Abreu estará em destaque como personalidade da semana e no melhor e pior comentamos a programação de sábado da TVI e os filmes de Páscoa da SIC.

.

 

Ídolos 5 (SIC) | 16/20

Regressou à antena da SIC no penúltimo fim-de-semana de março o sucesso apresentado por Cláudia Vieira e João Manzarra. Como o formato dispensa apresentações, a SIC só apostou forte na promoção nos dias que antecederam a estreia da quinta edição do Ídolos. Antes disso, poucas foram as promos que passaram em antena. O ingrediente principal desta nova série seria a novidade nos jurados: Pedro Abrunhosa, Bárbara Guimarães e Tony Carreira  a juntarem-se, desta forma, a Manuel Moura dos Santos e juntos formavam o quarteto fantástico das noites de domingo na estação de Carnaxide.

E a estreia não podia ter corrido melhor. Segundo os resultados da GfK a primeira emissão do programa chegou aos 14,9% de audiência e 36,1% de share. Não liderou, mas chegou bem perto do sucesso de audiências que é A Tua Cara Não Me É Estranha. Contudo, passaram duas semanas e as audiências foram caindo. Debatendo-se contra a final da primeira série e o início da segunda do programa da TVI, o Ídolos desceu, primeiro para os 11,1% de audiência e 25,0% de share (quase metade da audiência da TVI) e no passado domingo para os 9,9% de audiência e 22,9% de share. Enquanto isso, A Tua Cara Não Me É Estranha ficava nos 19,7% de audiência e 50,3% de share.

Podemos então perceber que o programa está a registar resultados cada vez piores, o que não é bom, tendo em conta que a fase dos castings é, normalmente, a mais vista. Também podemos considerar que nas duas últimas semanas a concorrência da TVI foi ainda mais forte, com uma final e uma estreia. Mas, ainda assim, podemos perceber que a luta não está fácil para o Ídolos. Com que trunfos poderá jogar a SIC daqui para a frente?

Até agora os programas têm sido engraçados, mas nada de extraordinário e que consiga captar a atenção dos telespetadores. Existem boas vozes, algumas delas até bastante boas. Mas não apareceu ainda ‘a voz’ ou aquele conjunto de vozes que deixasse todos de ‘boca aberta’. E quanto aos ‘cromos’, os que até agora têm surgido não têm sido suficientemente ‘cromos’ para cair nas boas graças do público. A emissão do passado domingo, foi, ainda assim, bem recheada de ‘cantores’ deste género. Terá sido a tentativa de combater a concorrência ou haveria, nos castings de Braga, mais cromos que em Lisboa?

O que é certo é que o formato não mudou muito em relação às duas últimas temporadas. Podemos destacar os sketchs de Cláudia Vieira e João Manzarra, que estão cada vez mais à vontade e visivelmente mais cúmplices. Nesta temporada, a produção optou por colocar os apresentadores, durante esta primeira fase, numa espécie de ‘encenações’ com uma história de fundo, onde até Cláudia Vieira faz de concorrente ao programa, a já conhecida Lurdinhas. É engraçado, prende o público e acaba por destacar ainda mais os apresentadores.

Quanto ao leque de jurados, em relação ao presidente pouco há a acrescentar. Veterano no formato, Manuel Moura dos Santos continua a ser o ‘mauzão’ do grupo e o mais temido pelos candidatos a ídolo de Portugal. O também agente musical, acaba por ser aquele que menos boa disposição transmite aos concorrentes, continuando a assumir a mesma postura das outras edições. Já Bárbara Guimarães, parece ter largado o papel de apresentadora e apostado em ser ‘mais ela’, ou seja, ali diz o que pensa e não o que lhe transmitem no auricular ou no tele-ponto. Continuamos, ainda assim, a ver os tiques naturais da jurada, que em relação à prestação dos artistas não entra demasiado em questões técnicas. Até porque não é perita na área.

Ao contrário de Pedro Abrunhosa e de Tony Carreira, que já demonstraram entre si uma certa empatia, por serem os dois únicos músicos no júri. O primeiro, calmo e moderado nos comentários, lança as suas piadas subtis e brinca com os concorrentes quando tem de o fazer. Tenta ser o mais correto possível e sabe o que diz e quando o diz. É aquilo que todos esperávamos dele. Já Tony Carreira conseguiu surpreender nestes primeiros programas. Não assumiu uma atitude demasiado ‘lamechas’ nem foi demasiado simpático com os concorrentes, ao contrário do que se poderia pensar. Pelo contrário, sempre se mostrou bastante sério e assertivo naquilo que foi dizendo.

Com estes pontos em destaque, podemos acreditar que a nova edição do Ídolos tem ‘pernas para andar’ e também ainda tem muito tempo para ‘apanhar o passo’ da concorrência. Não esquecer que o formato estará no ar até meados de agosto e que A Tua Cara Não Me É Estranha termina já em junho. Por isso, o Ídolos tem ainda um mês e meio para se destacar e mostrar que a fase final das galas pode também ser forte a nível audimétrico.

.

Luciana Abreu (SIC e TVI) | 17/20

Primeiro nasceu a filha, depois estreou a reposição de Floribella nas manhãs de fim de semana da SIC e a seguir juntou-se ao leque de concorrentes da segunda temporada de A Tua Cara Não Me É Estranha. Estas duas últimas semanas foram, sem dúvida, bastante fortes para Luciana Abreu. A rapariga do Norte, que curiosamente começou no Ídolos, volta às luzes da ribalta numa altura em que tudo parece acontecer na sua vida. Não é que a cantora e atriz tenha andado desaparecida por muito tempo, mas agora podemos vê-la a duplicar ao fim-de-semana (ou a triplicar, se mudarmos para a RTP ao domingo à noite e espreitarmos a ‘Luce’ de Estado de Graça).

A concorrente foi a vencedora da primeira gala da 2ª edição do programa apresentado por Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira. Foi a melhor para o júri (12 pontos dados por todos) e foi a melhor para o público de casa (com uns esmagadores 55% de votos, mais do que todos os outros 7 concorrentes juntos).

A vitória não foi surpreendente, mas mesmo assim foi marcante. Agora que está no programa mais visto da televisão portuguesa e que está a fazer um verdadeiro sucesso no mesmo, será que Luciana Abreu vai mostrar de vez ao grande público a sua voz, deixando de parte a imagem ‘Floribella‘ que Portugal tem dela?

 

.

O MELHOR

Filmes de Páscoa da  SIC | 17/20

A SIC exibiu no último fim de semana mais de uma dezena de filmes, sendo três deles em estreia e conseguiu um lote de títulos ainda mais apelativos do que aqueles que emitiu no Natal. Apesar de alguns deles terem dado há relativamente pouco tempo, quem viu a estação nos três dias de Páscoa, conseguiu passar um agradável fim de semana em família. À Procura de Nemo, a estreia de Ilha de Nim ou Anjos e Demónios na sexta-feira, todos eles com boas audiências nos horários em que foram exibidos e permitindo à estação registar valores acima do habitual nesses horários.

No sábado, com a estreia de O Príncipe da Pérsia e no domingo, com a exibição de Shrek 3, o Chihuahua de Beverly Hills e a estreia de Alice no País das Maravilhas, a SIC completou um fim de semana de bom cinema. Um destaque especial para os resultados de O Príncipe da Pérsia, que com 10,3% de audiência e 32,1% de share, entrando no top 5 do dia, bem perto da novela da noite da TVI e registando mais do que qualquer programa da RTP1. Foi o filme mais visto da semana.

 

O PIOR

A programação de sábado da TVI | 6/20

Repetições, repetições, repetições e mais repetições. É assim que se resumem os últimos sábados na TVI. Começamos logo de manhã com uma dose industrial de Inspector Max, das 10h às 13h.

Depois das notícias, a reposição da primeira temporada de Hawai: Força Especial e pela tarde fora a repetição da gala anterior de A Tua Cara Não Me É Estranha. À noite, uma ou duas novelas e um filme (em repetição) ou um episódio de Casos da Vida (também ele em repetição).

Fazendo as contas, em cerca de 14h de emissão, apenas 5h são ocupadas com programação inédita. O mais incrível é que isto tem resultado e os portugueses lá vão aderindo à ‘mania das repetições’. A situação insólita agrava-se mais ainda com a concorrência a aperceber-se disso e a usar a mesma estratégia noutros horários. Porque gostarão tanto os portugueses de ver repetições? Reclamam pela sua exibição mas depois todos vêm… Salvo raras exceções, é claro!