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Captura de ecrã - 2011-08-03, 22

Menos espectadores nas salas de cinema

Segundo dados avançados hoje pelo ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual), as salas de cinema nacionais registaram um decréscimo de 5,7% no número de espectadores, de Janeiro a Julho deste ano, em relação ao período homólogo de 2010.

Nos primeiros sete meses do ano, foram então 9.026.152 os espectadores de cinema no nosso país, comparativamente aos 9.568.311 do ano passado. A receita bruta de bilheteira diminuiu também em 2,0%, encontrando-se na ordem dos 46,3 milhões de euros no período analisado pelo ICA. Esta receita regista valores mais elevados no mês de Julho, à semelhança do ano passado, mas que ainda assim ficam atrás dos registados em Janeiro de 2010, o que mostra bem esta redução nos espectadores e nas receitas.

O ICA avança outros dados importantes sobre as produções cinematográficas em exibição em Portugal: o filme mais visto de Janeiro a Julho foi Piratas das Caraíbas – Por Estranhas Marés, de Rob Marshall, registando o maior número de espectadores, 472 mil, e a maior receita de bilheteira, 2,9 milhões de euros. Seguem-se-lhe, no top 10 de filmes mais vistos, Velocidade Furiosa 5, O Turista, Rio, o recente Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2, A Ressaca – Parte II, o oscarizado O Discurso do Rei, Carros 2, O Panda do Kung Fu e O Cisne Negro.

Quanto aos filmes de produção nacional, destaca-se como mais visto o documentário Complexo Universo Paralelo, de Mário Patrocínio, com 17.102 espectadores. A Cidade dos Mortos, 48, O Estranho Caso de Angélica (Manoel de Oliveira), Budapeste, Com que Voz e Viagem a Portugal prosseguem na lista dos mais vistos, com números e receitas muito inferiores, no entanto, aos registados pelo primeiro lugar.

453 é o número de filmes exibidos nas salas de cinema do nosso país, nestes sete meses, segundo adianta o ICA. Os números continuam: foram 386.460 as sessões, 159 os recintos de cinema e 552 os ecrãs que exibiram estes filmes. Destaque para os distritos de Lisboa, com mais exibições, e de Portalegre, com menos. Das 167 longas-metragens que estrearam comercialmente, cerca de metade é de origem norte-americana – 48,5% -, sendo que 35,3% é proveniente da Europa.

No que diz respeito à distribuição cinematográfica, o primeiro lugar é ocupado pela ZON Lusomundo Audiovisuais, com uma quota de mercado de 50,9%, seguindo-se a Columbia Tristar Warner e a Castello Lopes. Juntas, estas três principais distribuidoras representaram, de Janeiro a Julho deste ano, 97,1% do mercado. Já no mercado da exibição cinematográfica, destacam-se a ZON (56,1%), a Socorama, a UCI e a NLC, representando as quatro 92,5% das receitas brutas de bilheteira.