Nasceram em 2003, quando ainda tinham Sérgio Lemos na guitarra. Hoje são constituídos por quatro membros: André Henriques, na voz e guitarra, Pedro Geraldes, na outra guitarra e voz, Hélio Morais, na bateria e voz (também participa noutros projectos como If Lucy Fell e PAUS) e Cláudia Guerreiro, a mulher do baixo, mas também da voz, que é artista plástica. Juntos formam uma das mais aclamadas bandas portuguesas de rock alternativo nos últimos dez anos – Os Linda Martini.
Dizer que os Linda Martini surgem de várias influencias punk/ rock e hardcore é um facto, mas devemos relembrar que cada um dos elementos contribui da sua forma para esta nostalgia e som experimental (por vezes músicas maioritariamente instrumentais) tão elucidativo dos sentimentos humanos, que todos os que conhecem e gostam referem.
Primeiros anos e o sucesso
Mas afinal como surgiu este nome que fica tão bem no ouvido?
A verdade não podia ser mais concreta: Tudo se deve a uma amiga de Pedro Geraldes que tinha como nome Linda Martini. Foi só isso, não deve nada a ver com um amor assolapado por Martinis ou uma bela jovem que bebia martini, ou coisa que o valha. Andamos todos a ouvir o nome de uma estudante Erasmus que deu um nome tão sonante à banda, pura coincidência ou destino, quem sabe?
Regressemos ao percurso musical da banda…
Ainda antes do primeiro EP, entre 2004/2005 sai a primeira maqueta. Os concertos começaram e foram muito bem recebidos. Criam fãs um pouco por todo o país e, cada vez, mais circulavam os versos «Se o nosso amor é um combate, então que vença a melhor parte».
httpv://www.youtube.com/watch?v=KmilHDsB_5E (Amor Combate)
Em 2006 lançaram o primeiro EP, de nome homónimo, cujas músicas da maqueta inicial foram remasterizadas por Niels Kinsela, baixista dos God is an Astronaut. Dentro dele constava a bela Amor Combate, das mais apreciadas canções da banda até hoje. Tal foi o seu impacto que as outras três – Lição de Voo nº. 1, Efémera e Este Mar – ficaram um pouco de lado para os ouvintes menos minuciosos. O sucesso foi alcançado maioritariamente por causa do fenómeno do MySpace. Foram descobertos pela editora Naked, recém criada na altura, que edita Olhos de Mongol, o primeiro disco.
httpv://www.youtube.com/watch?v=TIi6nwLVQF4&feature=artist (Lição de Voo nº. 1)
2006 foi um ano de grandes avanços, os Linda Martini. Não se deixaram ficar pelo caminho. Além de terem ido a Dublin abrir o concerto da banda God Is An Astronaut, ou passarem ainda por Londres e Waterford, participam em festivais portugueses como o Super Bock Super Rock ou Sudoeste, apresentando Olhos de Mongol, o primeiro álbum da banda. “O melhor até hoje”, há quem diga, mas isso são opiniões.
Olhos de Mongol, mais dois EP’s e Casa Ocupada
Chama-se assim pela influência da literatura de Henry Miller na banda. A expressão «olhos de mongol» refere-se à empatia imediata entre dois desconhecidos obtida única e exclusivamente através da troca de olhares.
Foi este o ano do sucesso e foi este o ano do sonante cover à música de Fernado Tordo, Adeus Tristeza (não incluído no álbum) e até uma cedência de direitos de autor por parte do José Mário Branco em Partir Para ficar (incluído no álbum). O primeiro single do álbum Olhos de Mongol foi Cronófago.
httpv://www.youtube.com/watch?v=jHy74jM6GVw&feature=related
(Cronófago)
No incio deste ano, lançam outro cover, à música Sempre que o amor me quiser de Lena D’água.
httpv://www.youtube.com/watch?v=VmF1WNljP1c&feature=player_embedded
Estuque, Dá-me a tua melhor faca, A severa, Amor é não Haver Policia, Quarto 210 e Sinto a Cabeça a Cair, estão incluídos neste primeiro disco. Além de Amor Combate que já era um tema mais antigo, mas de grande sucesso, que optaram por repetir.
Os anos de 2008 e 2009 não são menos produtivos, já que decidem lançar dois EP’s, um em cada ano: Marsupial e Intervalo, respectivamente, são a continuidade do trabalho dos Linda Martini. Marsupial foi a primeira parceria com a Rastilho Records e contém novas músicas: A Corda do Elefante Sem Corda, Raposo Manhoso, Parada, Sabotagem, Intrusa e As Putas Dançam Slows. O segundo – Intervalo – editado pela Optimus discos, contém músicas já conhecidas numa compilação: Cronófago, Dá-me a Tua Melhor Faca, Raposo Manhoso, Adeus Tristeza (cover de Fernando Tordo) e Lição de Vôo Nº1.
Desde que lançaram o novo álbum Casa Ocupada, de 2010, cuja editora é Lisboa Agência, têm andado pelo país em concertos (Tour Casa Ocupada) e em alguns festivais de Verão (já estiveram no Optimus Alive e estarão no Paredes de Coura). Os próximos concertos podem ser consultados aqui, ou no Facebook oficial da banda. Têm também um MySpace onde se podem ouvir os novos singles, Mulher a Dias, Juventude Sónica, Belarmino entre outras músicas, e ver os respectivos vídeos.
httpv://www.youtube.com/watch?v=UVFqndRZ5ko&feature=relmfu
(Mulher a Dias)
httpv://www.youtube.com/watch?v=VJ-if6NMWoU&feature=player_embedded
(Belarmino)
Sobre o álbum, Casa Ocupada, dizem que é ainda mais “cru” e “ao vivo” do que os anteriores. Vê a entrevista que deram à MYWAY durante o Optimus Alive! deste ano: