Aquele que é considerado um símbolo do patriotismo e da força americanos, o Super-Homem, parece estar a gerar polémica pelas suas palavras na banda desenhada Action Comics número 900. É que o herói quer renunciar à sua cidadania norte-americana com o intuito de se tornar um herói global e isso já começa a ter precursões para além do seu universo de fãs.
A história, lançada esta quarta-feira (27 de Abril), pela editora DC Comics, mostra o Super-Homem a lutar nas ruas, juntamente com o povo do Irão, contra as forças opressoras do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Tendo em conta que os seus actos poderiam ser mal entendidos por estar associado aos Estados Unidos, o herói decide renunciar à sua cidadania.
“É por isso que pretendo falar diante das Nações Unidas amanhã e informá-los que renuncio à minha cidadania americana. Estou cansado que as minhas acções sejam interpretadas como um instrumento da política norte-americana’. ‘Justiça, Verdade e a ‘American Way’ não são suficientes.”, disse.
A história agitou os fãs do super herói e os sentimentos patrióticos dos EUA. “Estamos a destruir todos os ícones americanos. Como vamos sobreviver como uma nação?”, escreveu um leitor no site foxnews.com. Já a revista neoconservadora Weekly Standard considerou esta renúncia do Super-Homem “a coisa mais estúpida que a DC Comics poderia ter feito” e completou, dizendo que “se o Super-Homem não acredita na América, então ele não acredita em nada”.
Os co-editores da DC Comics, Dan DiDio e Jim Lee, apresentaram um comunicado a explicar toda a situação, alegando que o Super-Homem é um herói que veio de um planeta distante e que desde há muito abraçou os valores dos EUA.
“Na revista Action Comics 900, ele renuncia à sua cidadania para dar um foco global à sua batalha que nunca termina”, afirmaram. Os co-editores também fizeram questão de relembrar que “como personagem e como ícone, ele incorpora o melhor do Modo de Vida Americano” e que, apesar de tudo, ele permanece comprometido com o seu lar adoptivo e as suas raízes.