Em D.Carlos I, Fotógrafo Amador, 46 das cerca de três mil fotografias captadas pelo rei D.Carlos e propriedade do Arquivo Fotográfico do Paço do Ducal estão, até dia 2 de Julho, em exposição na Torre do Tombo, em Lisboa.
As fotografias são reproduções digitais dos originais de época e estão, na sua larga maioria, assinadas e legendadas pelo próprio Rei. Aquelas que não estão foram captadas por outros elementos da família real, que revelam também o seu interesse por esta arte.
As reproduções expostas referem-se a um período de vinte anos, sendo as mais antigas de 1887. Documentam situações caras ao monarca, em especial touradas e tudo aquilo que se relacionava com o mar, outra paixão de D.Carlos. Não será por isso estranho encontrar fotografias de regatas, expedições oceanográficas que ele próprio organizava, ou mesmo da pesca do atum no Algarve e dos banhos em Cascais.
A diversidade de temas e as técnicas a que o rei recorria na sua fotografia são indicadoras de que, segundo o director da Torre do Tombo, Silvestre Lacerda, “o rei estava a par em termos sociais daquilo que se fazia e daquilo que eram as inovações a diferentes níveis”.
Para além das fotografias, que foram também inspiração e suporte para muitos dos quadros pintados pelo Rei, a exposição apresenta ainda o documentário D.Carlos, Oceanógrafo, de Jorge Marecos Duarte e Sérgio Tréfaut, com narração de Luís Miguel Cintra. Será também possível ver documentos como a certidão de nascimento do Rei, o seu auto de juramento da Constituição e o seu contrato de casamento com a princesa Amélia de Orleans.
Para o director da Torre do Tombo, esta é uma oportunidade para “estabelecer uma ponte entre a arte fotográfica praticada pelo soberano e o testemunho da sua própria vida e do seu tempo”.
A entrada é livre, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19H30, e aos sábados, das 9H30 às 12H30.