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Zapping Internacional [#60]: Eles voltaram, e voltaram em força!

Novas temporadas em destaque num novo top apresentado na nova edição do Zapping Internacional! Concentrando-se em todas as novidades relacionadas com séries que nos têm chegado nas últimas semanas, a rubrica do Espalha-Factos traz-te a listagem das personagens que, na nossa opinião, tiveram os melhores regressos à televisão.Esperámos tanto! Dias tornaram-se em semanas e semanas passaram a meses. Aguentámos toda a silly season porque, vamos ser honestos, até nessa altura há boas séries para ficarmos entretidos (menção honrosa para Sense 8, Mr. Robot e Suits). Mas, por muito que tenhamos gostado dessas séries (e já estamos a contar os dias para que regressem), o nosso objetivo era passar a silly season, de forma a chegarmos ao período mais ativo da televisão americana.

Assim de repente, de uma semana para a outra, a nossa televisão e os nossos computadores encheram-se de novo com aquelas personagens que já não víamos desde maio ou junho. O regresso de algumas passou um pouco despercebido mas, para outras, voltar numa temporada recheada de histórias frescas só serviu para relembrar ao público o porquê de gostarmos tanto delas.

  • Alex Karev em Grey’s Anatomy, 12.ª temporada

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Alex, interpretado por Justin Chambers, é uma daquelas caras que está connosco, fieis seguidores das aventuras de Grey, desde o início. Por vezes, tendo em conta o imenso número de horas em ecrã que esta personagem tem, é normal que nem sempre as melhores história lhe tenham sido atribuídas. Relembramos grandes momentos, como a relação que teve com Izzie (destacando a forma como a relação dos dois foi retratada durante a história envolvendo o cancro da jovem), mas a verdade é que, após a saída de Katherine Heigl, Karev ficou um bocado perdido. Bem, o terceiro episódio da atual temporada de Grey’s Anatomy finalmente trouxe essa personagem para o nível em que merece estar.

Vários pontos importantes foram abordados, sendo que os principais foram o passado amoroso de Alex e o futuro do mesmo enquanto cirurgião.
Mesmo que por poucas linhas de diálogo, o casamento de Izzie e Alex foi abordado, assim com a decisão de ambos de terem filhos (Izzie congelou óvulos antes de iniciar o tratamento ao cancro).  A ideia de ser dado um encerramento a este antigo assunto de forma a avançar com a relação atual da personagem foi muito boa e abriu alguns novos caminhos que podem ser explorados na dinâmica Karev/Jo.

Porém, sabendo que Chambers sempre se destacou mais em interpretações ligadas a momentos profissionais, não foi de espantar que a história de dois gémeos recém-nascidos à beira da morte foi um dos pontos altos em termos de narrativa e emoção para Karev. Mais episódios destes e até nos esquecemos que já se passaram doze anos desde que o antigo bully entrou no hospital mais famoso da televisão americana.

  • Felicity Smoak em Arrow, quarta temporada

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Desde que se estreou na série, Felicity Smoak (Emily Bett Rickards) tem demonstrado uma química incrível, quer com os companheiros de elenco, quer com o público que assiste a Arrow. Com saídas cómicas e uma fé invulgar pelos seus amigos, Felicity viu a sua popularidade na comunidade de fãs a subir rapidamente e isso garantiu-lhe uma permanência mais longa na equipa do famoso vigilante de Starling City (ou Star City, sinceramente pouca diferença faz o nome, a taxa de mortalidade dessa cidade está sempre a subir e parece que aparecem novos grupos de criminosos todos os dias…a boa reputação é agora um sonho).

Se Felicity começou como uma personagem planeada apenas para um episódio, o talento de Rickards valeu-lhe um crescimento exponencial de temporada em temporada, culminando na agradável surpresa que a quarta temporada de Arrow nos trouxe: a croma dos computadores já não é apenas mais um membro da equipa, é o coração da mesma (e só não digo líder porque a série chama-se Arrow, não dá muito espaço para outro protagonista).

Nos poucos episódios que já saíram, vimos uma Felicity segura e confiante, sem nunca perder o seu lado cómico e generoso. Vê-la à frente duma mesa de executivos a ameaçar os salários dos mesmos foi uma daquelas cenas em que não conseguimos evitar sorrir. A forma como fala com Oliver, como admite ter começado a ajudar a equipa por trás das suas costas e como o convence de que a defesa da cidade é algo que ele não irá fazer sozinho só comprova o quanto esta jovem é importante para a Team Arrow. Afinal, quão difícil é seguir um ideal sem um coração para traçar o caminho?

  • Connor Walsh e Michaela Pratt em How to Get Away With Murder, segunda temporada

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É certo, Viola Davis é a verdadeira alma de How to Get Away With Murder, isso ninguém pode negar. E, se alguém negar, podemos sempre mostrar um ou duas fotos de Davis com o seu Emmy. Mas, iniciando-se há já algumas semanas a segunda temporada da série, não se pode deixar de destacar aqueles que muito evoluíram, lembrando-nos de que há bastante talento neste elenco para além da protagonista.

Do que se viu, Connor (Jack Falahee) e Michaela (Aja Naomi King) são os reais merecedores da distinção (e até mereciam um troféu como prémio). Depois de uma primeira temporada em que o balanço entre episódios foi muito bem feito, de forma a destacar em igualdade cada uma das histórias dos alunos de Annalise, agora nota-se que já existe a liberdade de se ir mais a fundo, de criar mais camadas emocionais para estas personagens.

Vejamos o exemplo de Connor, que começou por nos ser apresentado como um playboy, alguém capaz de usar o sexo como uma forma de obter vantagem profissional e especialista em não manter qualquer tipo de ligação mais afetiva com quem quer que fosse. Entretanto encontrou Oliver, começou uma relação séria e, na atual temporada, após conseguir resistir a um longo período sem relações sexuais (e até a um convite para atividades intimas de teor extraconjugal), provou que este seu novo lado de companheiro leal veio para ficar.

Este companheirismo traduz-se também para o campo da amizade, onde da sua própria forma, Connor tem feito avanços com Michaela. Isto provavelmente aconteceu porque a jovem tem também visto o seu papel na história principal aumentar. Além de melhor diálogo e saídas mais poderosas por parte de Michaela, agora vemo-la a iniciar uma aproximação ao gémeo do caso “principal” de Annalise, ao mesmo tempo que tem mantido algo mais sério com Levi, irmão de Rebecca. Assim sendo, Michaela consegue estar agora mais ligada às duas principais narrativas da história.

  • Rick Grimes em The Walking Dead, sexta temporada

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Desafio qualquer pessoa a encontrar alguma personagem na televisão atual que tenha sofrido uma maior transformação psicológica e emocional do que Rick (Andrew Lincoln). Se recuarmos no tempo para a primeira temporada, em 2010, conhecemos um xerife pacato, um homem de família com uma vida bastante simples. Nada parecia poder abalar o equilíbrio perfeito que Grimes conseguiu alcançar. Até chegar o apocalipse zombie! Acreditem, se há algo que pode realmente estragar a vossa rotina quotidiana são catástrofes de dimensão bíblica que se descrevem como: “quando não houver mais espaço no inferno, os mortos andarão pela Terra” (Dawn of the Dead, 1978).

Protagonista numa série em que os zombies já passaram para segunda plano há muito, Rick teve de ser ir adaptando ao novo mundo em que se encontrava. Durante muitos episódios, principalmente na quinta temporada, vimos o antigo xerife a fazer coisas que nunca pensámos serem possíveis para ele. Refiro-me a matar outras pessoas vivas, “apenas” porque representam uma ameaça para a sobrevivência do grupo principal da história.

O dilema moral de The Walking Dead sempre se baseou na questão “Até que ponto os meios justificam os fins?“, ou seja, será que se justifica matar alguém só porque poderá ser uma eventual ameaça? Deveremos pôr em risco a nossa própria humanidade para conseguirmos viver melhor neste mundo de mortos? É nesta sexta temporada da série que vemos Rick a aceitar melhor aquilo que tem de fazer e o papel que tem na comunidade de Alexandria. A chegada de Morgan pode tê-lo posto a pensar bem na pessoa que era em comparação à que é agora, mas sem dúvida que foi esse processo de instrospeção que o colocou mais perto de finalmente estar em paz com o seu novo cargo de polícia no fim do mundo.

  •  Cookie Lyon em Empire, segunda temporada

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Todo em Empire grita “sucesso”. A primeira temporada viu a audiência crescer sempre de episódio para episódio, algo inédito em televisão. Uma estreia dessas e um elenco cheio de star power facilmente tornou a segunda temporada da série num dos eventos mais aguardados deste mês de outubro.

Como em quase todos os projetos televisivos, há sempre aquela personagem que se destaca de todas as outras. Em Empire, atribuímos facilmente esse lugar a Cookie Lyon, interpretada por Taraji P. Henson.
A mãe de família, capaz de fazer tudo pelos seus filhos, criou vários momentos ótimos ao longo do primeiro ano da série, sempre garantindo aos espetadores sequências engraçadas mas recheados de emoção.

Aquando da estreia da segunda temporada, vemos que nada mudou. Cookie entra de novo nas nossas casas vinda do ar e dentro de uma jaula (não é metáfora nem expressão, se não perceberam vejam a série, já o deviam ter feito há muito), um retorno que serviu perfeitamente para nos lembrar do quão grandiosa a protagonista é. Estando agora à frente da sua própria companhia discográfica e em guerra aberta com o antigo marido, não há como adivinhar o que iremos ver nas próximas semanas…só é certo que, vindo da Cookie, não iremos ficar desiludidos.