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Smashing Pumpkins – Oceania

Desde finais de 2009 que os Smashing Pumpkins estão a editar um álbum conceptual de 44 faixas, o Teargarden by Kaleidyscope, e após alguns volumes divididos por EPs decidiram editar 13 faixas dessa coleção, com o título Oceania. Efetivamente, é o primeiro longa-duração desde 2007, com uma formação da banda renovada, depois da partida do baterista Jimmy Chamberlin, em 2009.

A faixa de abertura, Quasar, é imponente e refrescante. Esta faixa e a Panopticon são o início de uma viagem pelo mundo dos sonhos. The Celestials é o primeiro single e confirma que a viagem passa por álbuns como Siamese Dream e Melon Collie And The Infinite Sadness, os sucessos históricos dos Pumpkins.

A faixa Violet Rays tem uma coisa em comum com as anteriores: cada uma delas complementa muito bem a faixa que a antecede, o que mostra um verdadeiro sentido de início, meio e fim. A confirmar mais à frente se é isso que acontece.

Não há muito para dizer sobre a My Love Is Winter, mas continua a encaixar-se bem nas anteriores.

A introdução da One Diamond One Heart bem podia ser o início de uma canção do Mylo Xyloto, dos Coldplay. É diferente do resto, e temos mais material novo na Pinwheels. Esta é a primeira canção a pedir para ser ouvida fora do álbum.

A Oceania, além de faixa homónima do álbum, é uma balada de rock épica, não só pelos seus [rápidos] 9 minutos, mas principalmente pelo seu sumo e conteúdo. É equiparável à A Song For A Son, o primeiro single do álbum conceptual Teargarden By Kaleidyscope. Uma espécie de clímax a meio do álbum.

Entretanto temos a Pale Horse, que segue no estilo dream-rock, e logo de seguida a Chimera, que vem trazer recordações dos anos 90, com um pequeno toque moderno.

O título da Glissandra é um trocadilho. Glissando significa, em italiano, o “deslizar” de um som – o que acontece no solo guitarra que surge ao início e que se repete pela música fora.

Na Inkless estamos a chegar ao fim da viagem, com um cheirinho ao álbum Adore. Engraçado, esta faixa bem podia ser a última – mas não, ainda há mais.

Ainda temos a Wildflower, que dá um fim diferente do que seria de esperar. É uma estrelinha a brilhar e um despertar para a realidade, depois da viagem pelos sonhos que foi o resto do álbum.

Nota final: 8,0